O jogador prestou depoimento no sábado sobre tiro acidental em seu carro, mas delegado encontrou divergências nas histórias dos envolvidos.
O atacante Adriano prestou depoimento na tarde deste sábado sobre o tiro acidental que atingiu uma mulher dentro do seu carro durante a madrugada. Mas a polícia não está satisfeita com as informações prestadas pelos envolvidos no caso. Por isso, o jogador já começa a semana com encontro marcado com as autoridades: terá de ir à delegacia nesta segunda ou terça-feira para passar por uma acareação com Adriene Cyrilo Pinto, de 20 anos, vítima do tiro.
Adriano esteve na tarde deste sábado no Hospital Barra D'or, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde se encontrou com o delegado Carlos Cesar Santos e prestou depoimento sobre o ocorrido. O jogador do Corinthians deixou o local sem falar com a imprensa e não quis comentar nada sobre o caso.
A confusão aconteceu na madrugada deste sábado, quando Adriano e o seu segurança deixaram a boate Barra Music, também na Barra da Tijuca, junto com quatro mulheres. Dentro do carro do jogador, um tiro acidental acabou atingindo Adriene, que sofreu uma fratura exposta na mão esquerda - internada no Hospital Barra D'or, ela passa bem.
No depoimento inicial ao sargento Amilton Dias, Adriane e a amiga Viviane Faria de Fraga, de 23 anos, contaram que Adriano foi o autor do tiro. Segundo o relato das duas, o jogador estava no banco do carona, teria pegado uma pistola calibre 40 no porta-luvas, retirado o pente e começado a brincar com a arma, exibindo-a para elas. Em seguida, teria ocorrido o disparo acidental.
Mas, em depoimento na 16ª DP, as outras duas mulheres que estavam no carro, Andreia Ximenez e Daniele Pena, ambas de 28 anos, afirmaram que o tiro teria sido dado pela própria vítima. E Viviane contou outra versão ao delegado: ao contrário do que havia dito inicialmente ao sargento da PM, ela depôs que Adriano manuseou a pistola, mas que não sabia precisar com quem estava a arma na hora do disparo.
A arma pertence ao segurança do atacante, Julio Cesar Barros de Oliveira, que também é tenente da reserva da PM. "Pelos depoimentos até agora, me parece que o disparo foi feito pela própria vítima. A única contradição é se ele (Adriano) manuseou a arma ou não antes do disparo", afirmou o delegado Carlos Cesar Santos, ainda antes de ouvir a versão da vítima e do jogador.
O delegado, então, foi ao hospital para ouvir a versão de Adriene. E lá também se encontrou com Adriano, que esteve no local para prestar seu depoimento. Depois disso, Carlos Cesar Santos não falou com a imprensa. Agora, se confirmada a acusação inicial feita pela vítima, o jogador poderá responder pelo crime de lesão corporal culposa, com pena de 6 meses a 2 anos de prisão.
Revista VEJA online. (Com Agência Estado)
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