Obesidade
Reincidência também é mais comum,
mesmo quando pacientes recebiam tratamento de quimioterapia adequado para seu
peso.
Excesso de peso: obesidade pode aumentar
risco de uma mulher com câncer de mama voltar a ter a doença posteriormente
(Hemera Technologies.
Mulheres obesas ou com sobrepeso que
são diagnosticadas com câncer de mama têm maiores riscos de terem reincidência da doença ou de morrerem
por problemas relacionados ao câncer do que aquelas que estão em seu peso
ideal. Essa é a conclusão de um estudo apresentado nesta sexta-feira na 8ª
Conferência Europeia de Câncer de Mama.
A pesquisa, desenvolvida por
especialistas do Instituto de Câncer Dona-Farber e da Faculdade de Medicina de
Harvard, nos Estados Unidos, ainda indicou que essa associação foi semelhante
mesmo com a quimioterapia sendo ajustada de acordo com o peso corporal de cada
paciente.
Embora a relação entre obesidade e
desenvolvimento de câncer da mama seja conhecida, não há muitas pesquisas sobre
o efeito do sobrepeso na reincidência e sobrevida da doença.
"Diversos estudos têm mostrado
que o excesso de peso em mulheres diagnosticadas com câncer de mama está ligado
a um maior risco de recorrência da doença. Pesquisas anteriores não levavam em
consideração o ajsute da quimio em relação ao peso.
As participantes do nosso
levantamento, no entanto, receberam o tratamento adequado para seu índice de
massa corporal (IMC)”, afirma uma das autoras do estudo Jennifer Ligibel.
A pesquisa
Os autores do estudo analisaram
dados de 1.909 pacientes que foram entre
1997 e 1999. Entre as participantes, 1,2% tinha baixo peso; 32,6% peso normal;
32,9% sobrepeso; e 33,3% obesidade. Os pesquisadores observaram a relação entre
sobrevida, reincidência do câncer e IMC.
Os resultados mostraram uma forte associação
entre IMC e sobrevida em pacientes com câncer de mama. As mulheres acima do
peso tiveram mais chances de voltarem a ter a doença e também de morrerem por
algum problema acarretado pelo câncer em um período de dez anos.
Segundo os pesquisadores, a equipe
pretende estudar os impactos da perda de peso na incidência de câncer de mama e
no risco de morte pela doença.
"A obesidade é um fator
modificável. Embora ainda não haja evidências suficientes para afirmarmos que a
perda de peso e a prática de exercícios diminuem o risco de recorrência do
câncer de mama, há indícios consistentes que mostram que isso pode ser
verdade”, afirma Ligibel.
“Se mais estudos mostrarem que
hábitos saudáveis melhoram a taxa de sobrevida em mulheres com câncer, a
mudança de estilo de vida pode um dia se tornar uma parte do tratamento padrão
do câncer de mama”, diz a pesquisadora.
Dr. Antonio Wolff
O oncologista Antonio Wolff é
especialista em câncer de mama. Está começando um projeto de pesquisa com 8.000
mulheres, que fará testes com dois remédios — trastuzumabe e lapatinibe. Os
primeiros resultados deverão começar a aparecer em dois anos.
Formado pela Universidade Federal do
Rio de Janeiro, Wolff é pesquisador da Universidade Johns Hopkins há doze anos.
Ali, atende pacientes duas vezes por semana e estuda, faz pesquisas, dá
palestras. Seu foco é no que pode ser feito para melhorar a vida do paciente.
Site MSN
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