Pesquisa
observou crianças alimentadas, quando bebês, de acordo com a própria demanda,
realizaram melhores testes de QI aos oito anos de idade.
Amamentação
sem rotina de horário: bebês alimentados conforme pediam ou precisavam podem
ter melhor desempenho cognitivo durante a vida.
Bebês que seguem horários determinados tanto de
amamentação quanto de alimentação pela mamadeira podem apresentar piores
resultados em testes de QI do que crianças que são alimentadas de forma menos
rígida. Essa é a conclusão de uma pesquisa feita a longo prazo e realizada na
Universidade de Oxford, na Inglaterra. O estudo, publicado na edição desta
semana do periódico European Journal of Public
Health, foi o primeiro a analisar esse tipo de relação de idade.
Resultado:
Bebês que não seguiam rotina pré-estabelecida para se
alimentar, tanto pela amamentação materna quanto pela mamadeira, tiveram melhor
desempenho cognitivo entre 5 e 14 anos de idade e melhores testes de QI aos 8
anos. No entanto, bem-estar de suas mães, como qualidade do sono, foi pior.
Para
chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram dados de 10.419 crianças
que haviam participado do "Estudo Longitudinal de Pais e Filhos
Avon", um levantamento realizado com crianças do Reino Unido que nasceram
entre 1990 e 1999. Elas passaram por testes cognitivos padronizados quanto
tinham 5, 7, 11 e 14 anos e teste de QI aos 8 anos de idade.
Fatores
relacionados ao bem-estar das mães dos participantes, como qualidade do sono,
confiança maternal e depressão, também foram analisados quando os bebês tinham
oito semanas e oito meses de vida.
Os
resultados mostraram que as crianças que eram, quando bebês, amamentadas ou
alimentadas pela mamadeira sem seguir horários tiveram resultados 17% melhores
nos testes padronizados do que aquelas que tinham alimentação programada. Esses
jovens também fizeram entre quatro e cinco pontos a mais nos testes de
QI.
Os
pesquisadores, no entanto, afirmam que é preciso cautela em relação à
interpretação dos resultados. "Não podemos dizer, definitivamente, o
porquê dessas diferenças, embora tenhamos algumas hipóteses. Esse é o primeiro
estudo que explorou essa área e mais pesquisas são necessárias para compreender
os processos envolvidos", diz Iacovou.
Revista VEJA
online. (Thinkstock)
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