Brasil tem maior taxa de
cartão entre 7 países latinos
Enquanto no Brasil os juros chegam a 323,14% ao
ano, no Peru, o segundo colocado entre as taxas mais altas, eles atingem 55%
anuais.
Brasil lidera os juros
no cartão de crédito: 323,14% ao ano.
A taxa de juros do
financiamento por meio de cartão de crédito paga pelo brasileiro é disparada a
mais alta na comparação com outros seis países da América Latina (Argentina,
Chile, Colômbia, Peru, Venezuela e México) analisados pela Associação
Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste).
Enquanto no Brasil os
juros chegam a 323,14% ao ano, no Peru, o segundo colocado entre as taxas mais
altas, eles atingem 55% anuais. Os juros médios do cartão de crédito foram
obtidos com base na cobrança de 13 bancos e financeiras presentes em território
nacional no mês de junho.
De acordo com a
Proteste, os juros cobrados no crédito rotativo são uma das causas do crescente
endividamento dos brasileiros. A taxa média atual está em 12,77% ao mês, o que
leva aos juros de 323,14% ao ano.
No Chile, o terceiro
país do grupo com maior taxa média, a cobrança chega a 54,24% ao ano. Na
Argentina, a 50% anuais; no México, a 33,8%; na Venezuela, a 33%; e na
Colômbia, a 29,23% ao ano.
De acordo com a
entidade, a Venezuela, por exemplo, possui uma taxa básica de juros da economia
em 15,65% ao ano e inflação de 21,3%. Mesmo assim a taxa média do cartão de
crédito é bem inferior à do Brasil, que atualmente está com a Selic em 8% ao
ano e inflação acumulada em 12 meses de 4,9%.
"Isso só reforça o
exagero das taxas de juros praticadas com cartões de crédito no Brasil",
afirmou a Proteste, em nota.
Inadimplência
O aumento da inadimplência no primeiro
semestre, com alta de 19,1% na
comparação com os primeiros seis meses do ano passado, é fruto, principalmente,
de dívidas no cheque especial e no cartão de crédito.
Segundo a Serasa
Experian, em média, cada inadimplente carrega quatro dívidas não honradas e 60%
têm compromissos acima de 100% da sua renda.
Revista VEJA online. (Thinkstock).
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