Segurança
Rede ficará inacessível
para máquinas infectadas pelo vírus DNS Changer.
MILHÕES de usuários de computadores ao redor do
mundo, infectados com um vírus desde o ano passado, podem
perder sua conexão com a internet na segunda-feira, com a expiração de uma rede
de segurança elaborada pelas autoridades americanas, alertam especialistas.
O problema é gerado pelo vírus conhecido como DNS
Changer, criado por crackers para redirecionar o tráfego da internet ao
obter IPs pelo sistema de nomes de domínio de navegadores da web (DNS).
Como o vírus controla as redes, autoridades
conseguiram uma ordem judicial para que o FBI
pudesse operar substituindo os servidores, de modo que normalizasse o tráfego,
mesmo nos computadores infectados.
No entanto, essa ordem expira na segunda-feira,
quando especialistas afirmam que os computadores infectados devem enfrentar um
"dia do juízo final da internet". (THE FINAL DAY.)
Os sites do FBI,
Facebook, Google, provedores da internet e empresas de segurança estão
alertando seus usuários sobre o problema, além de orientarem sobre formas de
corrigir a falha.
Usuários podem verificar se seus computadores estão
corrompidos através de um teste na página http://www.dcwg.org, do grupo que investiga
o vírus, ou de diversos outros operados por firmas de segurança.
A McAfee, que também desenvolveu uma ferramenta no
site http://www.mcafee.com/dnscheck, recomenda que os
usuários limpem seus sistemas antes da segunda-feira. "Se os usuários de
computadores tiverem configurações alteradas no DNS de seus servidores, não
poderão acessar sites, enviar e-mails ou usar serviços on-line", informou
a McAfee em comunicado divulgado na quinta-feira.
A empresa de segurança Internet Identity (Identidade da Internet), reportou na semana
passada que pelo menos 58 das 500
maiores companhias americanas e duas grandes instituições governamentais tinham
máquinas corrompidas pelo DNS Changer.
Um número pouco expressivo quando comparado ao do
mês de janeiro, quando metade dessas empresas e agências estava infectada.
Segundo a IID, o vírus também pode comprometer
atualizações do software dos antivírus. "Ele permite que os criminosos possam
acessar qualquer informação, mensagem trocada, entre outros dados do computador
da vítima", acrescentou.
Seis estonianos e um russo foram acusados em
novembro de 2011 por transmitir o vírus para várias redes, incluindo da Nasa, como parte de um golpe de
publicidade on-line que reuniu pelo menos 14 milhões dólares.
A fraude, realizada entre 2007 e outubro de 2011,
redirecionava pessoas que faziam buscas para diversos sites, como o iTunes,
Netflix e até mesmo o da Receita Federal americana.
O maior número de computadores afetados está nos
Estados Unidos (69.000), mas ao menos 4 milhões de máquinas em mais de 100 países podem ter sido
infectadas.
Revista VEJA online. Plugs e cabos de internet (Kacper Pempel/Reuters).
(Com agência France-Presse).

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