Tristeza ou depressão: entenda a diferença
Até 2030 a depressão será o maior mal do planeta
indica a Organização Mundial de Saúde. Psiquiatra explica os sintomas e como a
doença pode afetar sua vida.
Diferenciar a doença “depressão” dos sentimentos de
tristeza que a maioria enfrenta ao longo da vida não é uma tarefa
fácil. Aquela tristeza que sentimos ao perder uma pessoa querida, por
exemplo, não é depressão.
Mas, se essa tristeza impedir o "funcionamento"
normal do nosso dia a dia ou então se estiver causando um grande
sofrimento, aí a coisa muda de figura. A tristeza é um estado passageiro
enquanto a depressão é uma doença e deve ser tratada.
De qualquer modo, esse estado "triste" é
um sinal de perturbação na harmonia e no equilíbrio do organismo que pode se
concretizar como doença ou permanecer em graus mais leves e levar a uma perda
significativa na qualidade de vida. Não existe uma única causa para um quadro
depressivo.
A doença não deixa marcas aparentes, não é possível
de ser diagnosticada por exames de imagem e seus sintomas, ao ser confundida
com a tristeza normal, podem passar despercebidos.
Ainda assim, a depressão é a quarta principal causa
de incapacitação em todo o mundo e, segundo a Organização Mundial de Saúde
(OMS), em 2030 ela será a doença mais prevalente do planeta à frente do câncer e de
algumas doenças infecciosas.
Segundo o psiquiatra Cyro Masci, a depressão é, no
geral, uma combinação de diversos fatores como psicológicos (uma intensa reação
à perda de uma pessoa querida, por exemplo), do ambiente (como ter que enfrentar
uma situação de convívio com uma pessoa muito doente ou um ambiente de trabalho
muito difícil), genéticos (que é a predisposição orgânica que cada pessoa traz
ao nascer), hormonais (como o baixo funcionamento da tiroide ou
desbalanceamento de outros hormônios) ou fatores bioquímicos nos transmissores
químicos do cérebro.
Independentemente da causa, os sintomas de tristeza
e depressão são um novo fator de agressão que formam o que o especialista
chama de "estado tóxico" que, assim, retorna ao corpo como um novo
problema.
“Como a pessoa encontra-se debilitada, esse novo
problema em geral não encontra solução satisfatória, fechando um ciclo vicioso
onde os próprios sintomas pioram o problema inicial”, explica o especialista
que acredita que a abordagem ideal deve influenciar tanto nas causas que estão
desencadeando o processo quanto nos seus sintomas.
Site MSN. Por MADSON MORAES.
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