Como
combinar móveis, paredes e pisos, de acordo com o tom de cada um.
No
projeto de Marise Kessel e Carmem Zaccaro, da foto do alto, predominam o
laranja e do vermelho com detalhes em azul claro.
Normalmente,
o ponto de partida de um projeto de decoração é um estilo, um móvel bacana, uma
obra de arte imprescindível, um objeto de design. Mas pode ser simplesmente uma
cor.
E,
nesse caso, para não errar na mão e transformar o ambiente numa grande confusão
visual, é preciso definir uma combinação de cores harmônica, de preferência com
algum tom neutro como branco, preto, cinza ou até a madeira, para um resultado
equilibrado.
E é
possível fazer isso até com uma certa ousadia, misturando padronagens de
estampas e cores fortes. Na sala de estar que Katia Ibrahim fez para uma jovem
da Barra da Tijuca, por exemplo, a poltrona Egg, em tecido verde estampado,
caiu bem com o arabesco do tapete, apesar das padronagens bem diferentes.
Graças
ao cinza e ao preto que prevalecem no ambiente.
Já as
arquitetas Carmem Zaccaro e Marise Kessel abusaram do colorido na sala de um
apartamento ocupado por mãe e filha. O ponto de partida foi a mesa de centro
laranja: paixão à primeira vista das proprietárias.
Depois,
veio o tecido de listras coloridas e fundo cinza para forrar um dos sofás,
poltronas de madeira e palha com estofado vermelho e objetos dentro dessa mesma
paleta variada de cores. O azul forte das luminárias e clarinho nas listras do
sofá ajuda a amenizar os tons fortes, assim como paredes e cortinas brancas.
— O
laranja é uma cor que permite várias combinações: fica bem com azul, rosa. Mas
a base neutra é fundamental — ensina Carmem Zaccaro.
O tom
também foi o escolhido para dar destaque a outros dois projetos. Na cozinha dos
arquitetos Fernanda Bessone e Raul Moras, a combinação ficou por conta do
prata, dos armários e do inox dos eletrodomésticos, e o preto da bancada em
granito.
Um
cuidado especial dos profissionais foi fazer um frontispício (aquele espaço
entre pia e armários) mais alto, para que não houvesse um outro elemento, como
cerâmica ou pastilhas, no ambiente.
J á para a arquiteta Solange Medina, usar o laranja foi a maneira
de dar vida a uma sala de 130 metros quadrados com quatro ambientes onde
predominavam preto, branco e cinza.
Como
os moradores são um casal jovem, ela optou por toques da cor em alguns pontos,
como no tecido de poltronas e em objetos e peças menores de cada espaço.
— A
escolha das cores deve ser casada com a do mobiliário maior, para não haver
erros nos outros detalhes depois.
Jornal O GLOBO online. PAULA GIOLITO.

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