SÃO
PAULO – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso saiu, nesta terça-feira, em
defesa da postura do governo federal em relação à greve dos servidores
públicos. Para ele, Dilma enrijeceu porque o país está num momento de
dificuldade financeira, ao contrário do que ocorria no governo Lula.
- A
presidente Dilma está num momento de dificuldade financeira fiscal e muita
pressão dos funcionários que se habituaram no governo Lula, que tinha mais
folga, a receber aumentos. Ela não tem a mesma condição, ela não pode, então
ela enrijeceu. Não vejo como ela pudesse não enrijecer.
Sobre
a popularidade alta da presidente, mesmo no atual cenário, Fernando Henrique
foi enfático:
- O
povo está achando que ela está direita, mesmo contrária a essas posições
antigas do PT.
Sobre
o julgamento do caso do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o
ex-presidente, que afirmara que acreditava em crime no episódio anteriormente,
ressaltou que é um “momento importante na história do Brasil”, mas que “não é
juiz”.
- Não
sei se deve condenar, eles (ministros) devem olhar e justificar o que vão
fazer. E o país todo está prestando a atenção. Eu não sou juiz. Acho que houve
crime, já falei sobre isso, e o Brasil inteiro sabe. Qual é a natureza desse
crime, a responsabilidade de cada um, isso o juiz tem que ver, não eu –
declarou Fernando Henrique.
- É um
momento importante no Brasil. As pessoas estão acompanhando e não acreditam que
tenha alguma coisa. Mas é preciso que tenha alguma coisa, de um julgamento que
as pessoas entendam as razões pelas quais estão ou não estão condenando –
acrescentou, ressaltando que, em caso de condenação, isso irá “manchar o
governo Lula”.
O
ex-presidente participou na manhã desta terça-feira, em São Paulo, de um
seminário promovido pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). Para uma plateia
de empresários em sua maioria, defendeu sistemas compensatórios no lugar de
cotas raciais nas universidades e também a criação de uma agência reguladora
para o ensino federal, “mas não controlada pelos partidos”.

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