Inspiração é como o sol, brilha para todos. Ela pode
cair do céu, ou ser resultado de um estado de concentração. Tem quem acredite
que inspiração é o sobrenome da dedicação. Outros creem que ela é filha do
ócio.
Não importa como e quando a
inspiração nos brinda com sua presença radiosa e fértil. O que interessa é o
que a gente faz com ela. Você, por exemplo, aproveita uma ideia inspiradora?
Transforma esse presentaço em realização?
Na certa, você conhece pessoas que são usinas de
ideias. As que adoram dizer: se eu fizesse isso, ou se fizesse aquilo
outro, daria na grande coisa. Mas, de repente, elas não fazem nada.
Tudo permanece no plano das ótimas intenções.
A tal boa ideia fica presa na cabeça, na mesa
do bar, dentro do porta-malas, na areia da praia, no guardanapo, na pastinha do
computador. O fazer vai sendo adiado, adiado. Até que uma hora a inspiração se
cansa, e vai iluminar outra pessoa.
Toda inspiração é imaterial. Ninguém pega, cheira, come,
toca. Ela é porto de partida. O uso que fazemos dela, porto de chegada. Se não
tiver aonde ancorar, a viagem não se completa. O que nos move, e faz a roda do
mundo girar são as realizações.
Em português
claro: vale quando a ideia vira ação. Ação pode ser fazer um poema, um trator,
um desenho, um jardim, um alfinete, um avião, um bordado no pano de prato. Uma
atitude de amor, ou de coragem para a luta.
Para saltar da ideia à ação, só estando aberto ao
trabalho duro e à disciplina, necessários para confrontar a boa ideia com a
realidade. Você e eu sabemos que a realidade costuma não dar moleza. Na maioria
das vezes, ela não está nem aí para os nossos sonhos e desejos.
A boa notícia é que com trabalho paciente e
impaciente obstinação, nossa ideia inspirada pode passar pelas peneiras - com
furos fininhos - do contexto, do cenário, da situação. De pronto ela pula do
mapa, e se materializa em território.
Mas a
condição sine qua non (sem a qual não é possível) para uma
ideia se realizar é estarmos preparados. E quem nos prepara? A família, a
escola, o trabalho, os amigos, os adversários. E, é claro, a vida com seus
golpes e abraços.
Site Yahoo Brasil. Por Fernanda Pompeu | Mente Aberta
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iPhonografia: Régine Ferrandis, do Algarve.

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