Aldo x Edgar: ‘levinhos’ encabeçam nova era de potencial colossal.
Aldo: novo desafio de pesoMuita coisa tem acontecido e deixado os bastidores do UFC atribulados nas últimas semanas.
Felizmente, a última reviravolta culminou com a superluta entre o brasileiro José Aldo e o norte-americano Frank Edgar, remanejada como evento principal do UFC Rio 3, de 13 de outubro, pela contusão do desafiante Erick Koch, que originalmente encararia o brasileiro campeão dos penas.
Frank Edgar mostrou comprometimento passional ao aceitar a empreitada. Vindo de duas derrotas (apertadas) consecutivas para Ben Henderson (a primeira lhe custou o cinturão),  optou em baixar de peso e mostrou não temer ir para o purgatório da organização caso perca novamente.
Até pouco tempo, era senso comum entre os fãs mais antigos subestimar as primeiras categorias do MMA.
A insistência das maiores organizações com moscas, galos, penas e leves renderam os frutos esperados, hoje fortificados por um estilo geral próprio que impõe tremendo senso de emoção e regularidade ímpar a cada combate.
Edgar: sem medo
O tom de 'imprevisto' do encontro entre Aldo e Edgar potencializa ainda mais toda e qualquer expectativa. É praticamente impossível que esta luta não seja eletrizante.
Em termos gerais Aldo, um cara de talento extremo, terá muito a evoluir. O manauara radicado no Rio de Janeiro ganha fama gradativa no Brasil, e um embate deste quilate dentro de casa certamente aumentará vertiginosamente sua promoção como campeão dominante.
Edgar, o corajoso da vez, se destaca como um dos atletas mais raçudos e de 'queixo mais duro' da organização. Muitas vezes subestimado entre os leves pelo estilo considerado pragmático demais, agarrou para valer a empreitada de forma instantânea, no melhor estilo 'Rocky 4'.
Assim, terá nova oportunidade de provar aos críticos que seu lugar ao sol é fato consolidado no Ultimate.
Na prática, esperar por agilidade, velocidade, golpes de efeito e táticas eficientes é fórmula certa. A famosa absorção de golpes de Edgar será suficiente para suportar um dos melhores golpeadores do esporte?
A movimentação circular constante do baixinho norte-americano pode abrir espaço para os chutes nas pernas devastadores do brasileiro.
A contrapartida é que Edgar é atleta de táticas mais longas e que se sente confortável quando precisa disputar os cinco rounds completos.
Já Aldo proporcionou alguns sustos quando lutou os 25 minutos regulamentares (contra Mark Hominick e Kenny Florian).
De qualquer forma, enquanto a trinca formada por Anderson Silva, Jon Jones e Georges St.Pierre reluta, refuga ou desconversa sobre as constantes possibilidades de disputas intercampeões, Aldo x Edgar desponta como realidadade certa e crua para o início da era das superlutas. Aproveitem!
Site Yahoo Brasil. Por Fernando Zanchetta. Editor de MMA.

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