Em 1960, o percentual de idosos no total da população brasileira era de 2,7%. No último censo, divulgado neste ano, a proporção aumentou para 7,4%. Com previsão de crescimento contínuo dessa faixa etária, a Organização Mundial da Saúde prevê que em 2025 o Brasil seja o sexto país do mundo em número de pessoas idosas.
E o aumento não é apenas no percentual que eles representam, mas também na expectativa de vida. De 1960 para 2010, os brasileiros passaram a viver 25,4 anos a mais – hoje a esperança de vida é de 73,4 anos e a tendência é continuar aumentando.
“Profissionais que entendam de aposentadoria e possam ajudar a pessoa a escolher o melhor investimento serão muito requisitados nesse cenário”, analisa Carlos Honorato, do Programa de Estudos do Futuro, da Fundação Instituto de Administração.
Além da previdência, a área de saúde também deve se beneficiar do aumento de idosos. “Já falta profissional na área de gerontologia (que trata do envelhecimento em suas dimensões biológica, psicológica e social) e a tendência da população brasileira é continuar envelhecendo, ou seja, a situação irá se agravar”.
Observa Ângelo José Gonçalves Bós, presidente da regional Rio Grande do Sul da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e professor do Instituto de Geriatria e Gerontologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) gaúcha. Hoje, apenas 21 hospitais brasileiros possuem residência em geriatria.
“Ainda temos pouca cultura de os pacientes com mais de 65 anos realizarem uma avaliação com o especialista”, diz a médica geriatra Adriane Schneider, 35 anos. Graduada em fevereiro, a médica tem buscado crescer no mercado investindo nas visitas domiciliares.
“É um filão interessante, pois, para o idoso, ir até uma clínica pode, muitas vezes, significar um processo complicado de deslocamento”, avalia
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