Cardiologia
A cada dez anos
com colesterol alto, risco de infarto cresce 40%.
De acordo com estudo, malefícios
causados por esse tipo de gordura são cumulativos.
Coração:
De acordo com pesquisadora, nunca é
cedo para adotar medidas para controlar o colesterol.
Um novo estudo revelou que, a cada dez
anos em que uma pessoa vive com a taxa de colesterol elevada, o risco de ela
sofrer uma doença do coração aumenta em quase 40%.
A descoberta foi relatada nesta
segunda-feira no periódico Circulation, da Associação Americana do Coração.
Pesquisadores analisaram dados de 1
478 adultos sem doenças cardiovasculares aos 55 anos e calcularam o tempo em
cada um deles tinha o colesterol elevado e o risco de sofrer um infarto ou um
derrame.
Entre os 389 voluntários que viviam
com o índice elevado de um a dez anos, a probabilidade era de 8,1%. Já entre os
577 voluntários que tinham colesterol alto de onze a vinte anos, o risco subia
para 16,5%.
Dos participantes que não tinham
problemas de colesterol, 512, o risco era de 4,4%.
A cada década de exposição ao
colesterol elevado, a probabilidade de sofrer uma doença cardiovascular crescia
em 39%, sugerindo que o malefício do colesterol elevado é cumulativo.
Prevenção
“Nunca é cedo demais para um jovem
adulto falar com seu médico sobre doenças do coração e adotar medidas de
controle de colesterol, como dieta, prática de exercício e, em alguns casos,
remédios”, afirma Ann Marie Navar-Boggan, líder do estudo e cardiologista do
Duke Clinical Research Institute em Durham, nos Estados Unidos.
“As placas que se desprendem das
artérias e causam ataques cardíacos levam anos para se desenvolver. O que
acontece nas suas veias, especialmente no seu nível de colesterol aos 30 e 40
anos, afeta sua saúde cardíaca aos 50, 60 e 70 anos.”
Estratégias
para controlar o colesterol.
Consuma
ômega-3
O ômega-3 é um ácido graxo que tem
função anti-inflamatória. Ele diminui o risco de placas de gordura, formadas
pelo colesterol alto, inflamarem e causarem coágulos.
Além disso, o nutriente reduz o
colesterol ruim (LDL) e aumenta o bom (HDL). O ômega-3 pode ser encontrado em
peixes, principalmente na sardinha e no salmão.
Não por acaso, um estudo comprovou que
a dieta do mediterrâneo, que é rica nesse ácido graxo, pode reduzir os níveis
de colesterol no sangue.
Evite
alimentos ricos em gordura saturada
Carnes gordas (como a picanha), leite
integral, queijo amarelo, presunto e manteiga são exemplos de alimentos ricos
em gordura saturada.
"Esse tipo de gordura é o que tem
a maior concentração de colesterol ruim em sua composição", diz o
cardiologista Luiz Bortolotto, coordenador do Centro de Hipertensão do Hospital
Oswaldo Cruz, em São Paulo.
Prefira as versões menos gordurosas
desses alimentos, como carnes brancas e leite desnatado.
Pratique
exercícios físicos
A prática de atividades física acelera
o metabolismo e, consequentemente, incentiva a ação das enzimas que elevam a
concentração de colesterol bom no sangue. Indiretamente, o exercício reduz o
nível de colesterol ruim e protege as artérias.
O ideal é praticar pelo menos 30
minutos de atividade física três vezes por semana.
Eleve
a ingestão de fibras
As fibras ajudam
a diminuir a absorção intestinal das gorduras, matéria-prima do colesterol.
"Esse mecanismo faz com que o
organismo excrete mais gordura do que absorve e ajuda a controlar os níveis de
colesterol ruim no corpo", afirma Marcelo Paiva, cardiologista do Núcleo
de Cardiologia do Hospital 9 de Julho, em São Paulo.
Um estudo mostrou que ingerir três
quartos de xícara de chá por dia de leguminosas — como feijão, lentilha e
grão-de-bico —, ricas em fibra, pode diminuir em 5% as taxas de colesterol
ruim.
Outras boas fontes do nutriente são aveia,
chia e caqui.
Pare
de fumar
O tabagismo em si não eleva os níveis
de colesterol ruim no sangue. Porém, componentes como a nicotina deterioram as
paredes das artérias, de modo que fica mais fácil o colesterol se fixar nelas.
"O cigarro acelera e agrava o
processo de formação de placas de gordura", diz Marcelo Paiva
Revista VEJA online. (Thinkstock/VEJA).






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