MMA
UFC 183: desafiante de Anderson tem
histórico com uso de maconha.
Americano Nick Diaz, de 31 anos,
também busca redenção na luta deste sábado
A luta principal do UFC 183 não
marcará apenas o retorno do brasileiro Anderson Silva ao UFC. Do outro lado do
octógono, o ex-campeão dos médios terá pela frente um lutador experiente e em
busca de redenção.
Bem menos premiado, mas
bastante conhecido no MMA, o americano Nick Diaz tem a missão de estragar a
festa de Anderson, de 39 anos, neste sábado, em Las Vegas, nos Estados Unidos.
Aos 31 anos, o atleta nascido
em Stockton, na Califórnia, iniciou sua trajetória bem cedo e obteve alguns
resultados relevantes, mas teve sua carreira marcada por confusões e problemas
com drogas.
Ele jamais conquistou um
cinturão do UFC e anunciou a aposentadoria duas vezes, mas acredita que pode
surpreender o brasileiro.
Nick
Diaz
Nascimento: 2/8/1983 (31 anos), Stockton, California (EUA)
Altura: 1.82 m
Categoria: médios (entre 77,5 kg a 84 kg)
Cartel no MMA: 35 lutas, 26 vitórias
Última luta no UFC: derrota por decisão unânime para Georges St. Pierre, em 16/03/13;
Diaz já
foi flagrado duas vezes em exames antidoping por uso de maconha, mas alegou ter
licença para o uso terapêutico de erva medicinal no estado da Califórnia
Em
setembro do ano passado, ele foi preso por dirigir embriagado e com a carteira de habilitação
vencida, mas foi liberado em seguida.
O gosto
por confusões o acompanha desde a juventude: irmão mais velho de Nate Diaz,
outro lutador do UFC, cresceu sem conhecer o pai biológico e se iniciou nas
artes marciais para se defender de colegas mais velhos que o intimidavam na
adolescência.
Sua estreia
no MMA foi em 2001, aos 18 anos, com uma vitória por finalização sobre o
compatriota Mike Wick no IFC, categoria menor do esporte.
Com boa
técnica de jiu-jitsu e resistência acima da média, Diaz trilhou um caminho
de vitórias até estrear no UFC em 2003 com vitória sobre Jeremy Jackson,
aplicando uma chave de braço.
E aí vieram os problemas. Diaz
chegou a faltar a compromissos oficiais - certa vez, não apareceu em um treino
aberto e alegou que estava com sono, o que enfureceu o chefão do UFC, Dana White
- e a trocar socos com lutadores fora da área de combate.
Depois de uma sequência de
derrotas e escândalos com drogas, ele deixou o UFC e passou por outras
organizações. Em 2007, venceu o japonês Takanori Gomi no Pride, mas teve o
resultado anulado ao ser flagrado pela primeira vez pelo uso de maconha.
Demitido, tentou a sorte na
Elite XC e no Strike Force, onde chegou ao topo na categoria dos meio-médios.
Com os bons resultados e o fim da Strike Force, Diaz foi convidado a retornar
ao UFC em 2011, quando venceu o americano BJ Penn na luta principal do UFC
137.
Anderson e Diaz em evento de
divulgação da luta.
O americano está fora de ação há mais tempo que Anderson Silva. Ele não luta desde março de 2013,
quando foi derrotado por Georges St. Pierre por decisão unânime na disputa pelo cinturão dos meio-médios.
Antes, já havia perdido a chance de conquistar
o título
interino ao ser derrotado pelo americano Carlos Conditt, em fevereiro de
2012. Em 35 lutas no MMA, Nick Diaz venceu 26, 13 por nocaute.
A luta deste sábado será a sua
primeira na categoria dos médios, o que aumenta ainda mais o favoritismo
de Anderson, pois o brasileiro é mais alto e mais pesado.
Diaz tem como treinador e
empresário o brasileiro César Gracie, um mestre do jiu-jitsu, que no ano
passado deu seu palpite para a luta. “Nick é melhor no chão, o jiu-jitsu dele é
melhor, mas eu acredito que vai ser uma luta em pé e que não vai durar cinco
rounds.
Nick é difícil de ser
nocauteado, aconteceu apenas uma vez, no início de sua carreira. Anderson é
maior, mas ele está perto dos 40 anos e seu queixo não é mais o mesmo.
Se Nick socá-lo, acho que
ganha”, afirmou ao site americano MMA Fighting. O UFC 183 terá início a partir
das 22h (de Brasília) com as lutas
preliminares no MGM Arena, em Las Vegas.
Revista
VEJA online. Nick Diaz na pesagem para o UFC
158, em março de 2013, sua última participação no UFC (UFC/Divulgação/VEJA). Jeff
Bottari/Zuffa LLC/Getty Images.



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