Além de combater infecções, alho pode ajudar a proteger o
coração.
O alho tem propriedades terapêuticas conhecidas desde a época
dos faraós no Egito.
A lista dos benefícios para quem consome ao menos um dente de
alho cru por dia é extensa. Pesquisas comprovam o potencial contra doenças e o
ingrediente tem ganhado cada vez mais espaço.
Além de antibiótico natural, que atua no combate a várias
infecções, também auxilia no controle da pressão, da glicemia, reduz o
colesterol, previne problemas cardiovasculares, aumenta a imunidade e tem ação
anticancerosa.
Seu poder terapêutico é conhecido há milênios e acredita-se que
o uso venha desde a época dos faraós no Egito, inclusive, como moeda de troca.
Alho e cebola eram acrescentados à dieta dos escravos que participavam da
construção das pirâmides, justamente porque os alimentos aumentavam a força e o
vigor dos trabalhadores.
A verdade é que a lista de benefícios está diretamente ligada à
quantidade de bons "ingredientes" que compõem o famoso tempero. Até
agora, foram identificados cerca de 30 componentes com efeitos positivos para a
saúde.
A maioria deles está concentrado no bulbo, aquela parte branca
que popularmente é conhecido como a "cabeça", composta pelos
"dentes" do alho.
Para disfarçar o sabor e consumir o alho cru, vale misturá-lo a
massas e a maionese.
Entre os principais, estão os compostos sulfurados, como a aliina, a alicina e o ajoeno, responsáveis pelo odor e sabor forte e característico do alimento. A presença dos sulfurados é cerca de três vezes maior do que em outros vegetais também ricos nestes compostos, como a cebola e o brócolis.
Entre os principais, estão os compostos sulfurados, como a aliina, a alicina e o ajoeno, responsáveis pelo odor e sabor forte e característico do alimento. A presença dos sulfurados é cerca de três vezes maior do que em outros vegetais também ricos nestes compostos, como a cebola e o brócolis.
É por causa deles que o alho tem propriedades anti-inflamatórias,
anticoagulantes e antifúngicas. No entanto, a maioria dos componentes
sulfurados não está presente nas células intactas. São liberadas apenas quando
ele cortado ou mastigado. É por isso que é preciso partir antes de ser
consumido.
Um estudo realizado pela Universidade de Brasília (UnB), em
parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), revelou
que a alicina, por exemplo, auxilia no controle das taxas do colesterol e
diminui o risco de infarto agudo no miocárdio.
O selênio, outro componente presente, é um poderoso antioxidante
que fortalece o sistema imunológico e ajuda a afastar o risco de tumores. O
alho também é rico em vitamina C, que combate infecções, e vitaminas do
complexo B, que combatem o desânimo.
Quanto consumir por dia?
Embora as propriedades terapêuticas sejam reconhecidas pelo
Ministério da Saúde e pelo FDA (órgão governamental dos EUA ligado ao controle
de alimentos), não há um consenso sobre a quantidade diária ideal para sentir
os efeitos benéficos.
"Um dente de alho cru por dia já é o suficiente. No
entanto, se ele for refogado, devemos garantir o consumo de dois", sugere
a nutricionista Vanderli Marchioli, vice-presidente da Associação Brasileira de
Fitoterapia.
Alguns órgãos internacionais, como o Ministério da Saúde do
Canadá e a Agência Federal de Saúde Alemã, sugerem a ingestão de quatro gramas
de alho cru por dia ou 8 mg de óleos derivados.
O odor forte e característico desse alimento só é liberado
quando ele é picado, amassado ou cortado.
Ao picar um dente de alho, por exemplo, uma enzima chamada
alinase entra em contato com uma substância chamada de aliina. Essa reação
produzirá a alicina, responsável pelo cheiro e pelo sabor do alho.
Cru, assado ou frito?
Embora o gosto seja mais acentuado, consumir o ingrediente cru é
a melhor forma de garantir a absorção de todos os nutrientes. Para disfarçar o
sabor, é possível misturá-lo a pastas ou maionese, por exemplo. Se a opção for
comê-lo cozido, o ideal é que o tempo no fogo não ultrapasse 20 minutos e a
temperatura não passe de 100 ºC.
"Após 40 minutos de cocção já se observa uma redução na
capacidade antioxidante. O mesmo acontece quando ele é frito", explica a
pesquisadora da USP e especialista no tema, Jocelem Salgado.
Vale substituir o consumo in natura por cápsulas?
De acordo com Vanderli, é possível fazer a substituição, desde
que as cápsulas sejam adquiridas em locais seguros. A pesquisadora Jocelem
alerta que antes de começar a ingestão das cápsulas, é preciso buscar orientação
de um profissional da saúde.
"O uso crônico e em excesso pode causar mau hálito, suor e
perturbações gastrintestinais, como ardência, diarreia, flatulência e mudanças
da flora intestinal".
Tem contraindicação?
Algumas pesquisas apontam que o consumo não é indicado para
indivíduos medicados com anticoagulantes (como a varfarina) por conta do risco
de hemorragias.
Quem é alérgico ao enxofre —que está presente nos compostos
sulfurados do alho— pode apresentar dermatites, asma, rinite, conjuntivite e
urticária. Além destes efeitos colaterais, o consumo excessivo do alho pode
interferir na eficácia terapêutica de alguns medicamentos.
10 benefícios do alho
Antibiótico natural
Baixa o colesterol
Protege o coração
Favorece a circulação
Contém uma dose elevada
de vitamina C
Auxilia no controle da
pressão
Auxilia no controle da
glicemia
Melhora a imunidade
Tem ação anticancerosa
Cintia Baio
Colaboração
para o UOL.



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