Dilma tem 7 dias para se explicar em processo no TSE.
Ação investiga abuso de poder político e econômico nas eleições
de 2014 e pode resultar na cassação do mandato da presidente.
A presidente Dilma Roussef durante coletiva no Palácio do
Planalto após o presidente da Camâra, Eduardo Cunha, autorizar a abertura de um
processo de impeachment.
Enquanto se articula para tentar barrar o processo de
impeachment no Congresso Nacional, a presidente Dilma Rousseff precisará também
se defender em uma ação que pode cassar o mandato dela e do vice, Michel Temer
(PMDB-SP).
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicou nesta sexta-feira o
acórdão sobre o processo. A defesa tem 7 dias para se manifestar a partir da
notificação.
A ação investiga abuso de poder político e econômico nas
eleições de 2014 e foi proposta pelo PSDB. Os advogados que representam a chapa
Dilma/Temer poderão apresentar provas e indicar testemunhas, durante esse
prazo, além de solicitar a produção de outras provas.
De acordo com o processo, há indícios de irregularidades na
contratação da empresa Focal Confecção e Comunicação Visual, que prestou
serviços à campanha e recebeu 24 milhões de reais.
Segundo o processo, também há indícios de financiamento de
campanha com dinheiro oriundo de corrupção em contratos com a Petrobras.
O TSE decidiu abrir a ação de impugnação de mandato em outubro.
Desde agosto, no entanto, quando o julgamento foi paralisado por um pedido de
vista, a corte já possuía maioria formada para abrir a apuração.
Foi a primeira vez que a Justiça Eleitoral autorizou uma
investigação como essa contra a campanha de um presidente da República. A
relatoria do processo é da ministra Maria Thereza de Assis Moura.
Como revelou VEJA, o vice-presidente Michel Temer quer que a
defesa dele seja apartada da de Dilma. Temer argumenta que sua prestação de
contas foi feita separadamente do balanço apresentado pela presidente.
A tentativa é salvar o vice mesmo que a candidatura de Dilma
seja impugnada.
(Com Estadão Conteúdo). (Ueslei Marcelino/Reuters).
Revista VEJA
online.
Nenhum comentário:
Postar um comentário