A defesa da jornalista Claudia Cruz, mulher do presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) com
pedido para que a corte não fatie o processo em que ela, Cunha e a filha dele,
Danielle Cunha, são acusados de usar contas secretas na Suíça para camuflar
dinheiro de propina paga no escândalo do petrolão.
O objetivo de Claudia Cruz é claro: se o processo for
desmembrado, o caso dela cai nas mãos do juiz Sergio Moro, considerado
implacável nos processos da Lava Jato e mais ágil na definição do destino dos
investigados.
Na última sexta-feira, o procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, apresentou nova denúncia contra Eduardo Cunha, que já é réu no petrolão.
Desta vez pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro,
evasão de divisas e falsidade com a utilização de dinheiro de propina escondido
no exterior para pagar mordomias para a família.
Janot pediu que o STF determine a remessa dos casos de Claudia
Cruz e Danielle para a primeira instância, mas a defesa da jornalista alega que
o processo contra os três deve tramitar em conjunto por estarem relacionados.
A acusação imputa a Claudia a abertura da conta Kopek, sem
declarar ao Banco Central, e o uso dela para acobertar dinheiro sujo de Eduardo
Cunha. (Laryssa Borges, de Brasília).
Foto:O
presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e a mulher Claudia
Cruz(Pedro Ladeira/Folhapress).
Revista VEJA
online.
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