7 conselhos de carreira que ninguém dá (mas que valem ouro).
São Paulo — O mundo do trabalho anda imprevisível. Cortes,
reestruturações e demissões constantes deixam o mercado cada vez mais hostil e
competitivo. Tudo sem previsão de melhora.
Nesse contexto de crise, é natural sentir muitas dúvidas quanto
ao próprio futuro profissional. Como se diferenciar de outros candidatos a um
emprego? Quais critérios levar em conta para aceitar ou não uma proposta? Como
ser feliz em ambientes de trabalho a cada dia mais tensos?
É claro que receitas mágicas não existem, mas certos conselhos
de carreira podem fazer toda a diferença para a sua trajetória.
O detalhe é que alguns deles — talvez os mais valiosos —
desafiam o senso comum e não costumam ser dados com frequência.
Com a ajuda de três especialistas no assunto, EXAME.com
complilou algumas dicas que fogem do habitual e podem ser surpreendentemente
úteis para driblar as adversidades do mundo do trabalho. É o que você vê a
seguir:
1. Não ignore o seu lado “irracional”
O universo corporativo cultua o raciocínio lógico, mas o
instinto também tem um papel essencial para o sucesso, diz a coach
Marie-Josette Brauer, presidente do Innovation Coaching Center.
Segundo ela, seguir pressentimentos sobre uma situação ou pessoa
pode levar a decisões estratégicas.
“A intuição pode ser ouvida nos momentos mais inesperados, e
possivelmente quando for mais necessária”, diz. “É nas horas mais difíceis que
ela será mais confiável e útil”.
2. Estude muito, mas não se esqueça de viver
Brauer é uma entusiasta dos livros, e até indica títulos
clássicos sobre carreira que podem mudar a sua vida. Ainda assim, ela ressalta
que o conhecimento adquirido em obras escritas ou cursos não é mais relevante
do que aquele trazido pela experiência prática.
Aulas e leituras são fundamentais para a carreira, mas não
substituem a vida real: nem o profissional mais estudioso chegará muito longe
se não explorar o mundo, trocar ideias com outras pessoas e encarar desafios
com a própria pele.
3. Saiba desistir
Muitos livros de autoajuda descrevam a persistência como o
grande diferencial dos vencedores. Não é bem assim. Para o escritor e
palestrante Roberto Shinyashiki, presidente da Editora Gente, a melhor resposta
a certos impasses pode ser simplesmente “jogar a toalha”.
Conversa:
num momento de crise, é natural sentir dúvidas sobre o próprio futuro
Está área que claramente não tem nada a ver com você? Mudou de
profissão e não vai usar mais nada do que aprendeu na faculdade? O conselho do
especialista é direto: abandone o que não funciona mais.
Às vezes é preciso se libertar de escolhas que antes pareciam
incontestáveis — ou você nunca se entregará totalmente a projetos novos e mais
promissores.
4. Não se desvie do seu caminho por pequenas recompensas
Poucas pessoas se dão conta de que a ambição às vezes pode
prejudicar o sucesso. De acordo com Shinyashiki, muitos profissionais perdem o
foco das suas carreiras atraídos por projetos menores que oferecem algum
dinheiro extra.
“Não vale a pena sair de um emprego interessante ou se
distanciar de uma área promissora só para ganhar um ‘dinheirinho’ a mais”, diz
o escritor. Daí a importância de cuidar das suas finanças pessoais e jamais
permitir que a gestão da sua carreira se torne refém da necessidade de pagar as
contas.
De certa forma, é nadar contra a corrente: uma recente pesquisa
da consultoria McKinsey revelou que metade dos brasileiros diz viver "de
salário em salário", sem nenhuma margem de segurança financeira.
5. Mantenha certas pessoas a uma “distância segura”
Por melhor que seja o clima na sua empresa, é provável que haja
pelo menos uma pessoa que contamina as demais com a sua negatividade. Segundo
Brauer, é importante reconhecer o mais rápido possível essas personalidades, e
dar um jeito de gerenciá-las.
“A figura tóxica do seu ambiente de trabalho pode ser um
superior, um cliente, um colega”, explica a coach. “O importante é identificar
essa pessoa e não deixá-la estragar o seu dia, ou mesmo atrasar o seu percurso
até um objetivo profissional”.
6. Não espere que o seu empregador faça você feliz
Como o engajamento se tornou um ingrediente obrigatório para o
sucesso de um negócio, o bem-estar dos funcionários está virando uma
preocupação crescente no mundo corporativo.
Não é por acaso que empresas como o Google têm apostado em
escritórios cada vez mais repletos de "mimos" e benefícios.
Mas será que o empregador é o único que deve lutar pela sua
satisfação? Na verdade, diz Brauer, essa é uma batalha pessoal e intransferível.
“Enxergue seu ambiente de trabalho como um espaço em que cada um deve criar a
sua felicidade”, afirma. Para aliviar o cotidiano, é melhor tirar o peso das
dificuldades e cuidar do seu próprio bem-estar.
7. Não seja modesto demais
Fazer marketing pessoal não é fácil, sobretudo porque a prática
é muitas vezes confundida com arrogância. “Em países latinos como o Brasil,
existe uma certa vergonha em dizer que você é bom em alguma coisa”, afirma
Fabrício Barbirato, diretor do IDCE (Instituto de Desenvolvimento de Conteúdo
para Executivos).
Esconder as suas próprias qualidades, na tentativa de preservar
a modéstia, pode ser um grande erro na visão do especialista. Criar uma “marca
pessoal” é essencial para ser lembrado.
“Nunca desperdice a oportunidade de falar sobre algo que você
fez bem”, diz Barbirato. Se souber usar o tom adequado e mencionar
acontecimentos concretos, a fala dificilmente será vista como pedante.
Exame.com
©
Thinsktock/monkeybusinessimages
Claudia
Gasparini.
Portal MSN.

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