Preços recuam 0,21 % em novembro, menor inflação para o mês
desde o Plano Real.
Maioria dos analistas previam recuo nos preços em novembro.
Com esperava a maior parte dos analistas, a inflação no novembro
foi negativa. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu
0,21%, informou na manhã desta sexta-feira, 7, o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
É a menor taxa para o mês desde a criação do Plano Real, em
1994. Em outubro, o índice havia marcado alta de 0,45%.
O arrefecimento dos preços que resultou na segunda deflação de
2018 veio ainda abaixo das estimativas de analistas do mercado financeiro
ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam inflação negativa de 0,10%.
A outra deflação marcada neste ano foi em agosto, quando o
índice caiu 0,09%.
Em 12 meses, a inflação até novembro acumulou alta de 4,05 %. No
ano, o índice aponta alta de 3,59%. A expectativa do mercado financeiro,
segundo o último relatório Focus, aponta para o IPCA uma elevação de 3,89% ao
fim de 2018.
A mudança da bandeira tarifária de energia elétrica contribuiu
para o movimento, dizem analistas, já que passou de bandeira vermelha dois, com
custo mais elevado, para bandeira amarela em novembro.
A agência do setor já determinou que não haverá tarifa extra em
dezembro.
Antes da divulgação do índice, o Santander estimava deflação de
0,13% no dado mensal, o que corresponde a uma inflação de 4,13% na avaliação de
12 meses, "devido às quedas nos preços de energia elétrica e combustíveis,
bem como às elevações mais suaves no grupo de alimentos".
Em nota, os economistas do banco avaliam "que o IPCA
encerrará 2018 com alta de 4%, ou seja, confortavelmente abaixo da meta de
inflação (de 4,5%)", complementam.
Já os economistas do Bradesco esperavam recuo de 0,09% no IPCA,
"em linha com os últimos indicadores de inflação".
O arrefecimento esperado dos preços, explicam em relatório,
deverá reforçar o cenário mais equilibrado no balanço do riscos, o que poderá
oferecer mais tempo para o Banco Central definir os próximos passos da política
monetária.
O piso da meta de inflação do Banco Central é de 3%. Em 2017, o
IPCA foi de 2,95%, obrigando o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, a se
explicar em carta aberta ao então ministro da Fazenda Henrique Meirelles pelo
descumprimento da meta.
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ESTADÃO. © JF Diório/Estadão.
Pedro
Ladislau Leite, Caio Rinaldi e Francisco Carlos de Assis
Portal MSN.
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