Maia diz que pacote anticrime é assunto para depois da
Previdência.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse na noite
desta 4ª feira (6.fev.2019) que o pacote anticrime apresentado pelo ministro da
Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, “pode contaminar o ambiente da
Previdência”.
“O prazo desse debate tem que ser mais longo que o prazo do
debate da reforma da Previdência”, disse o demista em entrevista ao Jornal das
10, da GloboNews.
Reeleito com 334 votos para o comando da Casa, o deputado tem
defendido a tramitação da reforma econômica mais importante do governo de Jair
Bolsonaro. Disse que deve ir a plenário na 2ª quinzena de maio.
“É uma agenda de Estado, não de governo”, disse o demista em
entrevista ao Jornal das 10, da GloboNews, sobre a mudança no sistema de
aposentadorias. Deve, portanto, seguir em paralelo ao projeto de Moro.
Rodrigo Maia acredita que a proposta do ex-magistrado deve
passar por mais comissões e, portanto, ter tramitação mais demorada.
Deputado é contra juntar reformas
A possibilidade de apensar (fazer tramitar em conjunto) o texto
da equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro –liderada pelo ministro Paulo
Guedes, da Economia– ao da gestão anterior, liderada por Michel Temer, não
agrada Maia.
“Suprimir a aprovação da [Proposta de] Emenda Constitucional na
CCJ [Comissão de Constituição e Justiça], nós vamos conseguir o quê?
Transformar o plenário num campo de guerra”, afirmou.
O governo Bolsonaro ainda não apresentou sua versão –que, de
acordo com Guedes, deverá trazer mudanças trabalhistas–, enquanto a de Temer já
passou por todas as comissões.
Fim da estabilidade para servidores
O presidente da Câmara defende uma reforma administrativa. Disse
na entrevista que não pretende abrir 1 concurso enquanto não houver mudança na
carreira do funcionalismo.
“Não tem mais carreira [no serviço público], porque, em pouco
tempo, o servidor chega ao teto”, disse. Questionado, então, se era favorável
ao fim da estabilidade, respondeu: “Defendo para os próximos servidores”.
Eis outros tópicos da entrevista:
• reforma tributária:
“não vejo como conseguir enfrentar a reforma tributária sem aprovar a
previdenciária antes”;
• voto aberto/secreto
para o comando das Casas: “discordo frontalmente que o voto aberto é bom para a
democracia. É completamente equivocado. Na minha opinião, o regimento interno
não pode ser modificado”;
• projetos de moral e
costumes: “a gente deixa para 1 segundo momento. Temos que ter responsabilidade
com o Brasil. Nós não podemos transformar o plenário da Câmara em um campo de
guerra ideológica”;
Foto:© Reprodução O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
em entrevista ao Jornal das 10.
Portal MSN.
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