A revolução 5G
Tecnologia que vai transformar a comunicação está por trás da disputa
entre EUA e China.
SAÚDE China já realiza cirurgias com robôs utilizando a rede 5G.
Um passageiro assiste um programa na TV de tela grande do seu ônibus, na
China. Ao lado dele, outro usa óculos de realidade virtual.
Na Coreia do Sul, torcedores veem um dragão criado digitalmente voar
sobre suas cabeças em um estádio de beisebol, por meio de realidade aumentada
(RA).
Esses são exemplos concretos e atuais da nova geração 5G de transmissão
de dados.
Não é apenas de uma evolução de
velocidade, como ocorreu na última transição para o 4G.
Trata-se de uma completa mudança de paradigma das comunicações, que
criará novos produtos, serviços e modelos de negócio, além de gerar indústrias
inteiras.
Tamanho impacto está por trás das disputas entre o governo Trump e a
China. As investidas do presidente americano contra a gigante asiática Huawei, que lidera a tecnologia 5G no
mundo, têm sido cada vez mais duras.
No lance mais recente, no último dia 15, o presidente americano proibiu
a companhia chinesa de participar em redes de telecomunicações vitais para a
segurança americana e de adquirir componentes de empresas dos EUA — a decisão
teve seus efeitos depois postergados por três meses.
Como consequência, a gigante Google anunciou que não mais forneceria seu
sistema operacional Android para a Huawei.
É um duro golpe para a empresa chinesa, que é o segundo maior fabricante
de smartphones do mundo. Mas não deve afetar sua posição de domínio.
Ela já possui o maior número de patentes associadas ao 5G e investe em
pesquisa mais do que todos os competidores juntos.
Início
da operação
A disputa comercial é compreensível. Países que saírem na dianteira se
beneficiarão de vantagens econômicas.
Com velocidade dez vezes mais rápida que a geração 4G, a nova tecnologia
beneficiará não apenas os usuários finais, mas também empresas, expandindo as
aplicações que usam big data, inteligência artificial (IA) e a infraestrutura
urbana inteligente.
A tecnologia já é realidade em cidades da China, Coreia do Sul, Reino
Unido e EUA. Terão serviço comercial até o próximo ano Canadá, Noruega,
Alemanha, Suíça, Japão e Austrália.
No Brasil, a Anatel prevê que o leilão que definirá a distribuição de
frequência acontecerá no primeiro trimestre de 2020.
A atração de investimentos pelas operadoras terá prioridade sobre o
valor de outorga, segundo Nilo Pasquali, superintendente de Planejamento e
Regulamentação da agência.
O serviço comercial no Brasil deve chegar até o começo de 2021.
(Crédito:
Ekkasit919).
Marcos Strecker.
Conteúdo Revista ISTOÉ.
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