Crediário no cartão:
Nova linha de crédito pode aumentar o endividamento
de consumidores.
Em
abril, o percentual de famílias brasileiras endividadas alcançou 62,7%, o que
representa um aumento de 0,3 ponto percentual em relação a março deste ano.
Os
dados foram revelados pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do
Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo (CNC). Se comparado ao mesmo período do ano passado, quando o indicador
foi de 60,2% do total de famílias, o aumento foi mais expressivo, de 2,5
O
percentual de famílias inadimplentes, com dívidas ou contas em atraso, também
aumentou em relação ao mês anterior. Passou de 23,4% para 23,9%. Em comparação
ao mesmo período do ano passado, houve queda da inadimplência.
Na
comparação mensal, também houve aumento do número de famílias que declararam
não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso. Passou de 9,4%
para 9,5%.
O
número de famílias endividadas apresentou tendências distintas entre as faixas
de renda pesquisadas, na comparação mensal.
Para
as famílias que ganham até dez salários mínimos, o percentual daquelas com
dívidas alcançou 63,9% em abril, superior aos 63,5% observados em março de 2019
e superior aos 62,0% de abril de 2018.
Para
as famílias com ganhos acima de dez salários, o percentual de famílias
endividadas diminuiu, entre março de 2019 e abril de 2019, de 58,3% para 57,5%.
Em abril de 2018, o percentual de famílias com dívidas nesse grupo de renda era
de 52,2%.
Ainda
de acordo com a pesquisa, o cartão de crédito é o principal responsável pelas
dívidas. Foi apontado por 77,6% das famílias endividadas, seguido por carnês,
para 15,3%, e, em terceiro, por financiamento de carro, para 10,0%.
Para
o presidente da CNC, José Roberto Tadros, essa alta consecutiva no percentual
de famílias com dívidas pode ser explicada por dois aspectos.
“É
reflexo da continuidade do processo de recuperação das concessões de crédito e
do consumo das famílias. Mas é preciso observar que houve alta do
comprometimento médio de renda com o pagamento de dívidas, a primeira elevação
deste indicador desde setembro de 2018”, avalia o presidente da Confederação.
Mauro Calil.
©
boonchai wedmakawand/Getty Images
Conteúdo Revista
EXAME.
Portal MSN.
LINK:
Nenhum comentário:
Postar um comentário