Saiba quais são os melhores alimentos para o cérebro.
Além da saúde cardiovascular, a alimentação também influencia na memória e agilidade mental.
Cuidar da alimentação é importante para evitar problemas cardiovasculares e até mesmo câncer. Mas, e para manter a agilidade do raciocínio?
Várias pesquisas indicam que os mesmos processos que  causam complicações cardíacas e mutações cancerosas nas células também podem lesar a delicada rede de comunicação do cérebro. Ou seja, é preciso incluir os melhores alimentos para o cérebro na rotina alimentar.
Como a alimentação influencia no cérebro
O cérebro precisa de um manancial de antioxidantes – substâncias químicas que desativam os radicais livres (moléculas nocivas criadas quando o corpo converte alimentos em energia e destrói as substâncias tóxicas).
Se não forem contidos, os radicais livres podem lesar as células cerebrais e prejudicar a ação dos mensageiros químicos.
Com a idade, as defesas do corpo também enfraquecem, e esses malfeitores tornam-se mais destrutivos.
Além disso, os antioxidantes ajudam a manter os vasos sanguíneos elásticos e o coração batendo forte. Mas o que isso tem a ver com um cérebro ativo? Muito.
20% do sangue que sai do coração vai direto para a cabeça.
Tudo que atrapalha esse fluxo tende a criar problemas e, às vezes, as consequências são drásticas, como no caso de AVCs.
Duas circunstâncias ligadas a doenças cardíacas também podem ter um impacto negativo para o cérebro. O excesso de homocisteína, aminoácido produzido quando o corpo digere proteína animal, pode danificar os revestimentos internos dos vasos sanguíneos.
Outro risco é a hipertensão na meia-idade. Quando os batimentos cardíacos são normais, o sangue pulsa suavemente através dos vasos.
Se a pressão aumenta, a forte afluência do sangue pode inflamar e esfolar as artérias e veias, atrapalhando o fluxo e criando um ambiente favorável ao surgimento de placas e à ocorrência de AVCs.
Em uma pesquisa que acompanhou 3.735 homens durante 25 anos, os que tiveram pressão alta na meia-idade apresentaram maior propensão a dificuldades de memória, pensamento abstrato e julgamento quando ficaram mais velhos.
“Controle os fatores de risco enquanto ainda for jovem ou eles voltarão para assombrá-lo mais tarde”, alerta Charles DeCarli, neurologista da Universidade do Kansas.
Os melhores alimentos para o cérebro:
Antioxidantes
Contra o envelhecimento precoce, a redução do sal e da gordura saturada é apenas o primeiro passo. Um estudo realizado em colaboração com o Instituto de Coração, Pulmão e Sangue dos Estados Unidos indicou que uma dieta rica em frutas, vegetais e laticínios com baixo teor de gordura pode ser eficaz para reduzir a pressão arterial, provavelmente por causa da mistura de antioxidantes, minerais e fibras.
Coma também bastante salmão e atum: seus ácidos graxos ômega-3 foram associados a menores taxas de enfarte e depressão.
Se quiser manter a mente afiada, capriche nas amoras e nos morangos, ricos em antocianinas (antioxidantes presentes nos pigmentos vermelho-escuro e violeta).
Estudos sugerem que as antocianinas resguardam a capacidade dos neurônios de responder aos mensageiros químicos e desestimulam a formação de coágulos no sangue.
O espinafre é outra potência antioxidante, repleto de betacaroteno, vitamina C e ácido fólico.
Alho e soja
Oito pesquisas britânicas e americanas constataram que o alho produz uma redução significativa da pressão alta.
Pessoas saudáveis também se beneficiam, pois esse bulbo parece manter a flexibilidade dos vasos sanguíneos, segundo Varro E. Tyler, respeitada autoridade em fitoterapia.
De maneira semelhante, mais de 40 estudos demonstraram o poder da soja na redução do colesterol sanguíneo. E, de quebra, segundo Mark Messina, nutricionista, as substâncias contidas nesse grão podem inibir o processo de oxidação do LDL, que cria condições para o entupimento das artérias.
Ácido fólico e de outras vitaminas do complexo B.
Os benefícios dos dois na prevenção de defeitos congênitos e no combate à doença cardíaca já foram muito aclamados. Mas elas também podem ser ótimos alimentos para o cérebro.
Em pesquisas que vincularam a elevação da homocisteína ao declínio cognitivo, pessoas idosas com problemas de memória apresentaram níveis baixos de ácido fólico e vitaminas B6 e B12 no sangue.
Além disso, a B12 é importante para manter as células nervosas saudáveis. “Uma deficiência grave pode lesar os nervos e prejudicar a função neurológica”, diz Katherine Tucker, epidemiologista especializada em nutrição.
Assim, espinafre, laranja, aspargo, cereais enriquecidos e feijões são fontes de ácido fólico e ótimos alimentos para o cérebro.
Editado por: Iana Faini.
Imagem: Tijana87/iStock.
Conteúdo Revista SELEÇÕES.
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