Cientistas descobrem o que
torna os cérebros de experts mais preparados.
A
forma como os neurônios se arranjam para realizar uma tarefa é essencial para
entender a rapidez e a eficácia com a qual ela será cumprida.
Um novo estudo da University College London, publicado
no último dia 18, revelou as diferenças entre o funcionamento do cérebro de um
especialista e de um amador.
A pesquisa foi feita com base na observação de
ratos e apontou que, ao passar de leigo para expert, a atividade neural desses animais
muda completamente.
Os cientistas gravaram a atividade cerebral de
centenas de neurônios simultaneamente no corpo de cada rato.
Funcionava assim:
Os roedores eram estimulados pelos pesquisadores
por meio de diversos cliques e flashes direcionados a eles de uma vez só.
Como resposta, eles deveriam informar os
profissionais sobre a velocidade desses estímulos.
Quando os ratos lambiam determinada fonte de água,
significava que os cliques e flashes eram rápidos; quando lambiam outra, os estímulos
eram lerdos.
Toda vez que os animais respondiam corretamente,
eles recebiam uma recompensa.
Durante todo o exercício, seus cérebros estavam
sendo monitorados por meio de tecnologias microscópicas de imagem.
Como resultado, os pesquisadores descobriram que,
nos ratos, o aprendizado da tarefa se deu em aproximadamente quatro semanas.
Além disso, ficou claro que, com o passar dos dias,
os
roedores agiam mais rapidamente ao exercício.
De acordo com os cientistas, foi possível constatar
que, quando
se é amador em determinado assunto, seu cérebro está testando diversas
possibilidades — ou seja, seus neurônios estão envolvidos em diferentes ações.
Esse processo pode demorar e dispersar a atenção.
Quando
se torna especialista, o indivíduo
aprende exatamente o que precisa fazer, e portanto
age de forma mais seletiva, metódica e imediata.
Publicado no periódico científico Neuron Cell Press, o estudo pode
ajudar a elucidar o funcionamento do cérebro, sobretudo durante o aprendizado
de uma tarefa.
Segundo os pesquisadores, esse tipo de trabalho
deve ajudar a prever até mesmo quais decisões uma pessoa tomará, por
exemplo.
Foto:© whitehoune/Shutterstock
Por: Sabrina
Brito.
Portal MSN.
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