Por que os melhores líderes não escondem suas vulnerabilidades.
Para ser um líder de sucesso, não basta ser confiável e tomar
boas decisões analíticas.
Resumo:
1. O verdadeiro bom líder é aquele capaz de criar conexões
emocionais e cuidar do seu time;
Vulnerabilidade é a base para a construção dos relacionamentos
humanos;
2. Segundo o Fórum Econômico Mundial, líderes altamente conceituados
como Warren Buffett, Tim Cook e Jamie Dimon, não têm vergonha de demonstrar
seus pontos fracos e falhas.
Liderança verdadeira e eficaz não é aquela estereotipada de
socos e punhos cerrados que vemos frequentemente nas telas de cinema.
A verdadeira liderança é sobre construir uma conexão emocional
com as pessoas e realmente cuidar delas.
Quando as coisas estão indo bem é fácil liderar. O papel é muito
mais exigente quando os tempos são difíceis.
E é nesse momento que os líderes recorrem aos laços pessoais
construído com seus funcionários para arantir cooperação, perseverança e
lealdade.
Essa conexão entre o gestor e sua equipe é indispensável porque,
além de motivar, cria vínculos.
Nas forças armadas, os melhores líderes não têm medo de
demonstrar amor e devoção por suas tropas.
Em uma entrevista recente, Justin Maciejewski, diretor do Museu
Nacional do Exército Britânico e comandante aposentado do exército britânico,
compartilha o tipo de conexão emocional que ele desenvolveu com seus soldados.
“Eu percebi que mostrar vulnerabilidade e presença como líder é
uma maneira importante de engajamento.
O ponto não sobre ir a uma missão com um líder porque está
preocupado com ele, mas para mostrar que está ao lado dele.”
Observe como Maciejewski intrinsecamente entendeu que ele
precisava estar perto, emocionalmente e fisicamente, das suas tropas para
liderá-las.
Como os líderes criam
essa conexão especial e pessoal que permite que as pessoas os sigam por toda a
parte?
A resposta é vulnerabilidade. Eles se permitem ser emocionalmente vulneráveis porque isso é a
base para a construção de relacionamentos fortes.
Em 2010, o TED Talk de Brene Brown, intitulado “O poder da vulnerabilidade”, tomou o
mundo como um tsunami.
Como a maioria das pesquisas que se tornam virais, Brene colocou
em foco um ponto muito básico sobre ser humano: nossa necessidade de ligações
emocionais.
Ela argumentou que “a conexão é o motivo de estarmos aqui. É o
que dá propósito e significado às nossas vidas. É disso que se trata”.
Sermos animais sociais, conectarmo-nos emocionalmente com outras
pessoas faz parte de ser humano.
É essencial para a experiência humana. Ao longo de nossas vidas,
nossos relacionamentos mais significativos são baseados em conexões emocionais
profundas.
Essas relações começam com familiares, mas à medida que
envelhecemos, crescemos para incluir amigos, professores, colegas, mentores e,
também, nossos chefes e líderes.
Brene sugeriu que usássemos o poder da vulnerabilidade para
aprofundar nossos relacionamentos.
Para ser vulnerável, porém, é preciso compartilhar emoções -as
boas e as ruins.
Você não pode mais manter distância ou projetar uma imagem de
perfeição.
No discurso de despedida do general Douglas MacArthur, em 1962,
ele aconselhou os soldados dos EUA a serem “fortes o suficiente para saber
quando você é fraco e corajoso o suficiente para se enfrentar quando estiver
com medo”.
Este é um excelente conselho de liderança.
Liderar exige que você admita honestamente erros e reconheça
suas fraquezas, para si mesmo e também para os outros.
É preciso deixar que os outros vejam suas imperfeições.
Os líderes usam o senso de propósito e significado que obtemos
de profundas conexões emocionais para motivar sua equipe, especialmente em
situações desafiadoras.
Muitos artigos foram escritos sobre vulnerabilidade na
liderança, mas os CEOs ainda acham esse um ponto difícil de acessar.
Até o Fórum Econômico Mundial (WEF), uma organização que inspira
os líderes do mundo, acredita que a vulnerabilidade é essencial.
O WEF mostra como até líderes altamente conceituados, como o
chefe da Berkshire Hathaway, Warren Buffett, o executivo-chefe da Apple, Tim
Cook, e o presidente e o CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, não têm vergonha
de suas vulnerabilidades.
Mas isso não é fácil para todos.
Quando você está em uma posição de liderança, pode parecer
contra-intuitivo exibir suas fraquezas por medo de se expor a críticas ou
insubordinação.
No entanto, existem ações simples que todo líder pode fazer para
criar a dinâmica certa para ativar a vulnerabilidade de forma positiva.
Para ser um líder de sucesso, não basta ser confiável e tomar
boas decisões analíticas, você também precisa ser bom em estabelecer uma
conexão emocional com as pessoas.
Isso requer ser mais vulnerável, o que pode ser assustador.
Comece com pequenos passos e pergunte a si mesmo diariamente: “Que imperfeição
ou fraqueza estou disposto a compartilhar hoje?” Mais cedo do que você pensa,
verá como isso afeta as pessoas ao seu redor e as aproxima de você.
E essa é a base para uma liderança eficaz.
Veja, na
galeria de imagens a seguir, três dicas para trabalhar a vulnerabilidade
enquanto líder de forma positiva:
1. Reconhecendo emoções
Liderança eficaz exige uma interação emocional com as pessoas.
As emoções podem ser uma excelente alavanca quando usadas de maneira assertiva.
Reconhecer emoções em si mesmo e nos outros e, depois, usá-las,
pode aumentar sua autenticidade e capacidade de acessar o outro.
Primeiro, é preciso que você mostre uma gama completa de emoções,
transpareça sua raiva, tristeza, alegria ou felicidade, na situação certa.
Segundo, é necessário focar nas pessoas com as quais está interagindo
para perceber como elas se sentem e, em seguida, responder adequadamente.
2. Voltando-se para o conflito
Expressar suas emoções e responder às emoções dos outros
inevitavelmente levará a um confronto ocasional.
No entanto, ao se voltar para o conflito, você estará ensinando
à sua equipe que não precisa temer o confronto e que o conflito não destrói os
relacionamentos.
Pelo contrário, pode torná-los mais fortes.
3. Demonstrando honestidade
A confiança se baseia na honestidade.
Compartilhar falhas e fraquezas é difícil
de fazer. É tentador dar uma guinada em um fracasso chamando de “oportunidade”
ou nos convencer de que uma fraqueza é realmente uma força.
As pessoas podem ver através dessas manipulações. O truque é
manter uma perspectiva positiva e ao mesmo tempo ser honesto, consigo e com os
outros.
Comece
compartilhando honestamente suas imperfeições.
Inbal Arieli e Start-Up Nation Central
Conteúdo
Revista FORBES.
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