EUA advertem que quase todos terão covid em
algum momento
O principal conselheiro do governo dos Estados Unidos em relação à
pandemia, Anthony Fauci, disse nesta
4ª feira (12.jan.2022) que quase todas as pessoas vão contrair covid-19 mais
cedo ou mais tarde, mas destacou que a doença será “menos grave” graças
às vacinas e às doses de reforço.
“Praticamente todos vão acabar expostos e, provavelmente, serão
infectados, mas se forem vacinados e receberem os reforços, as chances de
ficarem doentes são muito, muito baixas“, disse o epidemiologista em
entrevista coletiva na Casa Branca.
A fala dele endossou as palavras de Janet Woodcock, comissária interina
da FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA, na sigla em inglês),
a agência reguladora americana, que havia afirmado na 3ª feira (11.jan.) que “a
maioria das pessoas vai acabar tendo covid-19“.
Fauci esclareceu que o fato de grande parte dos casos recentes estarem
ligados à variante ômicron não significa que a maioria das pessoas ficará
gravemente doente, já que as vacinas “melhoram a proteção contra
hospitalização e morte”.
Convivendo com a
doença
O epidemiologista destacou que a covid-19 “não pode ser
erradicada“, mas pode ser controlada graças a vacinas e doses de reforço, e
que as pessoas “vão conviver com isso“.
Na mesma coletiva, a diretora do CDC (Centro de Controle de Doenças dos
EUA), Rochelle Walensky, ressaltou que o risco de internação pela variante
ômicron é 53% menor do que em relação à variante delta.
Já a chance de internação em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) é
74% menor, e de morte, 91% mais baixa.
Os Estados Unidos bateram um novo recorde de internações por covid-19 na
3ª feira, com mais de 145 mil pessoas em hospitais, devido ao avanço da
ômicron, que já é a variante dominante, respondendo por 98% dos casos.
Variante
dominante no mundo
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a ômicron já é
a variante dominante também em
todo mundo, presente em 58,5% dos casos de covid-19
analisados globalmente.
O relatório epidemiológico semanal divulgado nesta 3ª feira pela OMS
afirma que, dos mais de 357 mil casos sequenciados reportados à Gisaid
(Iniciativa Global para o Compartilhamento de Dados sobre influenza e covid-19,
na sigla em inglês) nos últimos 30 dias, mais de 208 mil foram causados pela
variante ômicron.
A variante delta, que foi a cepa dominante durante grande parte do ano
passado, respondeu por 147 mil dos casos sequenciados (41%).
Dribla
imunidade, mas é menos grave
O relatório destaca haver cada vez mais evidências de que a variante
ômicron é capaz de “escapar à imunidade“, pois há transmissão mesmo
entre os vacinados e pessoas que já tiveram a doença.
Por outro lado, a OMS
ressalta que há “evidências crescentes” de que a ômicron
é menos grave do
que variantes anteriores do coronavírus Sars-Cov-2.
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Conteúdo: PODER 360
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