Conheça 5 hábitos desse grupo e blinde seu cérebro.
Esses indivíduos são conhecidos por chegarem aos 90
anos com habilidades de memória e cognição preservadas
Dia do Idoso:
O que é normal mudar com a idade e o que merece atenção?
Indivíduos conhecidos como "superidosos" demonstram que, para
alguns, a idade realmente é apenas um número.
"Superidosos são conhecidos por manter o ápice
da proeza mental bem até os 90 anos e evitar doenças como
o Alzheimer e outras demências", diz Daniel
Daneshvar, chefe da Divisão de Reabilitação de Lesões Cerebrais na Spaulding
Rehabilitation Hospital, afiliada à Harvard.
"Embora o pensamento geral seja de que a
memória declina e as funções cerebrais diminuem conforme envelhecemos, estudos sobre superidosos sugerem que
isso não é inevitável, e pode haver maneiras de manter níveis elevados de
função cognitiva por muito mais tempo na vida".
O envelhecimento do cérebro.
O cérebro médio
diminui em volume e peso cerca de 5% por década após os 40 anos, com um
declínio mais acentuado após os 70 anos.
A redução do cérebro afeta particularmente as
regiões envolvidas com aprendizagem e memória, como o lobo frontal e o
hipocampo.
Um volume cerebral menor também está ligado a uma
comunicação menos robusta entre regiões do cérebro, o que leva a uma velocidade
de processamento mais lenta e pode prejudicar outras funções cognitivas.
"Essas
mudanças cerebrais relacionadas à idade podem afetar o pensamento e dificultar
a recordação de palavras e nomes, o foco em tarefas e o processamento de novas
informações", diz Daneshvar.
O
cérebro dos superidosos, porém, encolhe em cerca de metade da taxa média, e
suas habilidades de memória e cognição permanecem equiparadas às de um cérebro
mais jovem.
O
que acontece dentro do cérebro dos superidosos que justifica isso?
Investigadores de Harvard, em publicação na edição de novembro de 2021 do
Cerebral Cortex, oferecem uma pista.
Eles
recrutaram 40 adultos mais velhos que foram identificados como superidosos. Os
superidosos fizeram um teste de memória enquanto seu cérebro era escaneado com
imagens de ressonância magnética funcional (fMRI), que mostra a atividade de
diferentes áreas cerebrais.
Para
comparação, os pesquisadores também realizaram o teste de memória e o
escaneamento de fMRI em 41 jovens adultos (idade média de 25 anos).
Os
superidosos tiveram um desempenho semelhante ao dos mais jovens nos testes de
memória. O fMRI também mostrou que a atividade no córtex visual dos
superidosos, a área do cérebro que processa entradas visuais, era semelhante à
dos cérebros mais jovens.
O que tem de 'super' nos superidosos?
Estudos descobriram que a genética é o componente mais significativo no estado
de envelhecimento do cérebro.
"A
ciência identificou cerca de 100
genes comuns entre os superidosos, embora não esteja claro quais deles estão
particularmente ligados a benefícios neurológicos", conta Daneshvar.
"Se
você ganhar na loteria e nascer com esses genes, tem uma boa chance de se
tornar um superidoso".
Mas,
e se sua raspadinha genética não for premiada? Ainda é possível ser um vencedor
no superenvelhecimento?
"Superidosos
também tendem a seguir um estilo de vida saudável, e muitos chegam aos 90 anos
livres de problemas como doenças cardíacas, diabetes e pressão
arterial alta", afirma Daneshvar.
Veja
um olhar sobre os hábitos diários saudáveis de muitos superidosos e como eles
podem ajudar a proteger seu cérebro.
1- Coma mais "superalimentos".
Muitos
superidosos seguem dietas ricas em alimentos com alto teor de antioxidantes,
polifenóis e ácidos graxos ômega-3.
Esses
nutrientes têm sido associados ao combate de inflamação e à proteção do corpo
contra danos celulares causadores de doenças. Exemplos incluem frutas
vermelhas, grãos integrais (aveia, quinua), peixes gordurosos (salmão, truta),
oleaginosas (nozes, amêndoas), azeite de oliva, vegetais crucíferos (brócolis,
couve-flor), abacate e chá verde.
Não
surpreendentemente, esses alimentos são básicos em muitas dietas à base de
plantas ligadas à saúde do cérebro e do coração, como as dietas MIND, DASH e
Mediterrânea.
Não
se sabe ao certo quais dos alimentos ou quantidades são ideais, então foque em
refeições que contenham uma variedade deles.
2- Seja mais ativo.
Superidosos
tendem a se engajar em mais atividades físicas. Exercícios regulares parecem
ajudar a manter o volume cerebral e a função cognitiva, mesmo que você comece
mais tarde na vida.
O
exercício provoca mudanças fisiológicas no corpo, como a produção de fatores de
crescimento — substâncias que aprimoram a função e sobrevivência das células
cerebrais e podem realmente estimular a formação de novas células cerebrais.
Muitos
estudos sugeriram que as partes do cérebro que controlam o pensamento e a memória
são maiores em volume em pessoas que se exercitam do que em pessoas que não se
exercitam.
Não
importa o tipo de exercício que você faz. Pesquisas descobriram que caminhar, nadar,
outras atividades aeróbicas (especialmente treinamento intervalado de alta
intensidade, ou HIIT), treino com pesos, tai chi e ioga estão todos associados
à melhora da memória. Mas a consistência é a chave. "Ser ativo
regularmente leva a maiores benefícios cerebrais", informa Daneshvar.
3- Seja mais sociável.
Superidosos
tendem a ter mais interações sociais. Estudos mostraram que o engajamento
social regular está associado a cérebros mais saudáveis.
O
oposto também é verdadeiro: o isolamento social está ligado a um volume menor
de matéria cinzenta em regiões do cérebro relacionadas à cognição.
4- Desafie-se.
Superidosos
desafiam o cérebro, e estudos mostraram que aprender coisas novas à medida que
você envelhece ajuda na memória. Por exemplo: estude uma segunda língua,
aprenda um instrumento musical ou adote um novo hobby.
5- Tenha um bom sono.
Superidosos
também priorizam o sono - as diretrizes sugerem de sete a nove horas por noite.
"Durante o sono, o cérebro elimina resíduos metabólicos que se acumulam no
início do desenvolvimento da doença de Alzheimer", diz Daneshvar.
Um
estudo na edição de novembro de 2022 da revista Sleep descobriu que ter
dificuldade para adormecer ou permanecer dormindo três ou mais noites por
semana durante três meses aumentou o risco de piora da memória em adultos mais
velhos.
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Foto: andreswd.
Por:Matthew
Solan.
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Portal MSN.
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