Brasil assume presidência do Brics a partir de 2025; saiba temas que serão debatidos.
Lula se reunirá virtualmente com a
cúpula dos líderes do grupo. Reforma da chamada 'governança global' e
desenvolvimento sustentável estão no foco dos debates no ano que vem.
Seis anos após ter assumido pela última vez a
presidência do Brics, o Brasil retomará o comando do grupo a partir de
1º de janeiro do ano que vem e tentará pautar a discussão sobre temas como a
reforma da "governança global" e o desenvolvimento sustentável.
Formado por dez países, entre os quais Brasil, Rússia, China, África do Sul e Emirados Árabes Unidos,
Na reunião, conforme o Ministério das Relações Exteriores,
os chefes de Estado deverão discutir temas como a entrada de "países parceiros",
a crise no Oriente Médio e a cooperação política e financeira entre os membros.
A partir do ano que vem, sob o lema
"Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais
Inclusiva e Sustentável", a presidência brasileira do grupo deverá pautar
discussões sobre:
·
reforma das instituições de
governança global;
·
promoção do multilateralismo;
·
combate à fome e à pobreza;
·
redução da desigualdade;
·
promoção do desenvolvimento
sustentável.
Entrada de países 'parceiros'
De acordo com o Itamaraty, o tema central da cúpula
deste ano é a aprovação da criação da categoria de países "parceiros" do Brics. Pela norma vigente, o bloco conta
somente com países efetivos.
No entanto, é comum organismos multilaterais terem
diferentes categorias para seus membros. O Mercosul, do qual o Brasil faz
parte, tem países membros e países associados, por exemplo.
No caso do Brics, segundo a diplomacia, há cerca de
30 países candidatos a "parceiros", entre os quais estão Cuba,
Venezuela, Nicarágua, Argélia, Nigéria e Turquia.
Segundo Eduardo Saboia, num primeiro momento, os
países do Brics deverão decidir quais critérios deverão ser adotados para que
um país seja considerado "parceiro". E, em um segundo momento, serão
definidos os países que se encaixam nesses critérios.
Conteúdo
G1. O GLOBO.
Por
Filipe Matoso, GloboNews — Brasília.
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