Uso impróprio do fone de ouvido pode causar perda auditiva precoce.  Som alto em fone de ouvido põe em risco audição de adolescentes.
 Um em cada quatro adolescentes corre o risco de sofrer perda auditiva precoce devido ao volume do som colocado no fone de ouvido dos tocadores de MP3. É o que sugere um estudo da Universidade Tel Aviv que foi publicado pela revista científica International Journal of Audiology.
Resultado:
O estudo mostrou que 25% dos participantes estão sob risco de perda auditiva no futuro.  Para o estudo, 289 adolescentes com idades entre 13 e 17 anos responderam a um questionário sobre o volume que costumam ouvir músicas e por quanto tempo utilizam os aparelhos de MP3. Na segunda fase do estudo, 74 jovens foram submetidos a exames auditivos.
Os resultados mostraram que 80% dos jovens usam tocadores de MP3 regularmente. Desse total, 20% utiliza o aparelho por mais de uma hora e menos de quatro; e 8% dos adolescentes ultrapassam o limite das quatro horas. Após a analise dos dados, os pesquisadores concluíram que 25% dos participantes estão sob sério risco de perda autitiva.
Os especialistas explicam que a perda auditiva causada pela exposição contínua a ruídos intensos é um processo lento e progressivo. “Em 10 ou 20 anos será muito tarde. Perceberemos que uma geração inteira de pessoas jovens está sofrendo de problemas auditivos muito mais cedo que o esperado pelo envelhecimento natural”, afirma Chava Muchnik, coordenadora do estudo. Ela prevê que aos 30 ou 40 anos já será possível diagnosticar a perda auditiva -  uma faixa etária mais precoce que nas gerações anteriores.
Para os pesquisadores, seria preciso adotar limites de segurança mais radicais para os aparelhos. O limite europeu - de 100 decibéis - é considerado bom, mas aparelhos presentes no mercado chegam a 129 decibéis. Além disso, os especialistas também propõem o uso de fones de ouvido que ficam sobre a orelha em vez dos produtos invasivos, que entram no início do canal auditivo.
No Brasil, não há uma lei específica sobre o limite máximo de decibéis por tocadores de MP3. A Sociedade Brasileira de Otologia indica que o volume não ultrapasse 50% da capacidade total do aparelho.
Revista VEJA online. (ThinkStock)

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