Inflação pelo IPCA mostra que bebida subiu 10,7% em um ano. Quem optou por não
usar o próprio carro também teve que
desembolsar mais pelo serviço de transporte.
Rio - Mesmo em
desaceleração, a inflação ainda pesa no bolso do brasileiro. Apesar da queda de
0,36% (maio) para 0,08% (junho) do Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA), no Rio os preços subiram de 0,07% em maio para 0,23% no mês
passado.
A cidade registrou variação de 5,81% nos últimos 12 meses. Outras regiões que também tiveram alta
expressiva são Salvador (5,57%), Brasília (5,50%) e Belo Horizonte (5,46%).
Um dos itens mais consumidos nas noitadas, a
cerveja ficou 0,98% mais cara em junho e 10,76% nos últimos 12 meses. A alta
do IPCA impactou também no transporte. Quem optou por pegar táxi em junho pagou
0,88% a mais que no mês anterior,
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), divulgados ontem.
Já quem usou o carro
teve que desembolsar mais dinheiro para bancar o estacionamento: 0,81%. Em contrapartida, destilados e
vinhos ficaram mais baratos 0,07% no mês de junho.
Segundo o economista e
professor de Finanças do Ibmec, Gilberto Braga, é possível economizar ao sair à
noite, desde que haja planejamento do programa que se pretende fazer. “Confira
antecipadamente os preços do local que se pretende ir, evitando os que cobram
mais. Coloque também nomes em listas para ter descontos”, conclui.
Outra dica é observar a política da gorjeta. “Há
bares que não cobram, há os que cobram 10% e ainda há os que
acrescentam entre 12% a 15% como taxa de serviço. É importante ficar atento na hora da escolha”, afirma Braga.
GASTOS - CERVEJA PESADA.
Leonardo Nascimento, de 23 anos, já sente o peso no
bolso de cada saída para uma festa. Por mês, ele consome cerca de R$ 200 em
cerveja: “A noite no Rio é cara dependendo da região da cidade. Então é certo
gastar mais de R$ 100 no mês”, aponta.
‘CORRIDA’ CARA
Na hora de voltar pra casa, Leonardo também não
consegue economizar: “O táxi também é caro, apesar de seguir uma tabela justa
na Zona Sul. Não tem muito para onde correr”, diz Leonardo.
BOATE E RESTAURANTE
Já o estudante Ricardo Carvalho, 23 anos, percebeu
o impacto há algum tempo: “A
cerveja está cara dentro das boates e restaurantes. Saindo cinco vezes por mês,
tenho uma despesa de aproximadamente R$ 400”, desabafa.
Colaborou Bruno Trezena
Jornal O DIA online. POR PRISCILA
BELMONTE.

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