Entenda quais os sintomas da enxaqueca e como se livrar dela.
Já sentiu uma dor fortíssima na cabeça? Você provavelmente deve ter pensado que não era nada além de uma dor resultante de um dia difícil.
No entanto, pode ser um problema mais grave: a enxaqueca, que pode chegar a ser incapacitante em alguns casos. Por esse motivo, saber quais os sintomas da enxaqueca e o que fazer para preveni-la podem salvar você.
A enxaqueca, segundo pesquisas afeta as mulheres com mais frequência: os episódios costumam acontecer com 1 em 6 mulheres contra 1 em 16 homens. 
Mas a metade das pessoas que sofrem com o problema não entende o que está por trás dessa dor de cabeça debilitante. Como resultado, acabam deixando de adotar estratégias que poderiam interromper as crises ou até mesmo evitá-las.
Quais as principais causas da enxaqueca?
Diversos especialistas suspeitam de que o sistema do nervo trigêmeo, que envia e recebe os sinais de dor no rosto e na cabeça, esteja envolvido no processo.
Assim como a serotonina, substância química do cérebro responsável por diversas funções, entre elas a captação da dor.
Durante a enxaqueca, os níveis de serotonina caem, o que pode fazer com que o nervo trigêmeo envie substâncias que dilatam os vasos sanguíneos, causando dor.
Quais os sintomas da enxaqueca?
Existem alguns sintomas que diferenciam uma dor comum de cabeça de uma enxaqueca. Veja alguns deles:
    Dores moderadas ou intensas em um ou ambos os lados da cabeça;
    Náuseas e vômitos;
    Sensibilidade à luz e ao som;
    Fadiga intensa;
    Mudanças bruscas de humor;
    Tontura.
Algumas pessoas podem apresentar um tipo de enxaqueca chamada de aura logo antes de a dor começar. As auras podem ser identificadas como luzes piscantes (escotomas cintilantes), pontos cegos, formigamento nos braços ou nas pernas ou uma sensação de extrema fraqueza.
Além disso, enxaquecas com auras aumentam consideravelmente o risco de problemas cardiovasculares, segundo estudos.
Evite o que desencadeia a sua enxaqueca
Certos alimentos e medicamentos, além de estresse ou alterações no padrão do sono, tabagismo e outros fatores podem desencadear a enxaqueca. Os motivos variam de pessoa para pessoa.
Manter um diário da dor pode ajudar a determinar os seus.
Anote em que circunstância você sente dor e que remédio você toma, o que você comeu e bebeu e quais os sintomas da enxaqueca que surgiram após algumas dessas atitudes. Dessa forma, você saberá o que a causou e pode evitar futuros episódios.
Alguns medicamentos também podem ser culpados por iniciar enxaquecas. Antidepressivos, broncodilatadores, contraceptivos e supressores do apetite são alguns exemplos comuns.
Outros desencadeadores são cafeína (o excesso ou a abstinência abrupta), álcool (a vodca parece ser exceção), queijos maturados, carnes processadas, glutamato monossódico, nozes e castanhas.
Da mesma forma, laticínios, muitas frutas tropicais e a maioria das frutas secas (maçãs, cerejas, pêssegos e pera secos, em geral, são exceção), cebola, pães fermentados frescos e aspartame.
Evite o círculo vicioso dos analgésicos.
De fato, tomar analgésicos mais de duas vezes por semana pode ser ruim. Eles contraem os vasos sanguíneos inflamados, o que faz com que você sinta alívio na cabeça.
Mas, quando o efeito passa, os vasos sanguíneos aumentam de novo, podendo resultar em uma enxaqueca.
Ou seja, acabe com esse círculo vicioso interrompendo o uso de analgésicos. Provavelmente, no início, você sentirá dor, mas começará a se sentir melhor depois de uma semana a 10 dias. A partir daí, concentre-se nas estratégias de prevenção aqui sugeridas.
40%: é em quanto se reduzem os episódios de enxaqueca em pessoas que optaram por uma alimentação com baixo teor de gordura, durante oito semanas.
Elimine a gordura da alimentação
Portanto, reduzir drasticamente a gordura que você ingere pode diminuir os episódios de enxaqueca em 40%.
Esse foi o achado de um estudo da Universidade de Loma Linda que acompanhou 54 pessoas com enxaqueca.
Elas seguiram uma dieta pobre em gordura durante oito semanas (os participantes obtinham apenas 10% a 15% de suas calorias diárias da gordura).
Quando os voluntários sentiram dor de cabeça, ela era 66% menos intensa e tinha duração 70% menor do que antes. Os participantes também usaram 72% menos remédios para a dor.
Pesquisadores suspeitam que comer menos gordura melhore a flexibilidade dos vasos sanguíneos. Ou seja, isso permite que se expandam e se contraiam mais facilmente.
Os voluntários do estudo também substituíram a gordura por alimentos ricos em carboidrato, como pão e massa. Esses alimentos aumentam os níveis de serotonina no cérebro, relacionados à diminuição do risco de episódios de enxaqueca.
Corte de sua alimentação pelo menos a gordura saturada. Isto é, carnes gordurosas, leite e queijo integrais e óleos, como o de palma e o de coco.
Assim, obtenha a maior parte da gordura alimentar com peixes gordurosos, óleo de canola ou azeite de oliva, nozes, castanhas e semente de linhaça.
Em alguns estudos, essas gorduras reduziram a frequência da enxaqueca, talvez por manterem os vasos sanguíneos flexíveis.
Experimente Petasites hybridus
Quando 245 pessoas que sofriam de enxaqueca tomaram um extrato da raiz da planta Petasites ou um placebo por três meses, 68% dos que tomaram a erva viram o número de episódios de enxaqueca cair em pelo menos 50%.
Sobretudo, o extrato de Petasites alivia os espasmos das paredes dos vasos sanguíneos e/ou diminui a inflamação. Certifique-se de usar um produto comercial sem compostos perigosos chamados alcaloides de pirrolizidina.
Mas não se esqueça: antes de tentar qualquer composto que tenha a planta como base, consulte um médico para saber se ela pode ser aplicada ao seu caso.
Consulte seu médico sobre suplementos de riboflavina
Em um estudo belga, 60% das pessoas que tomaram 400 mg de riboflavina (vitamina B2) todos os dias, durante três meses, tiveram metade das enxaquecas de antes de o estudo começar.
Relaxe o corpo e a mente
Experimente ioga, meditação, respiração profunda ou qualquer outra terapia com o propósito de aliviar a tensão.
Em um estudo promissor na Índia, 72 pessoas que sofriam de enxaqueca e que praticaram ioga durante uma hora, cinco dias por semana, reduziram a frequência e a intensidade das crises de enxaqueca.
Medicamentos que previnem a doença
Se você tiver dois ou mais episódios de enxaqueca por mês, pergunte ao seu médico sobre medicação para prevenção da enxaqueca; como propranolol ou timolol.
Pois o remédio certo pode diminuir pela metade o risco de enxaquecas futuras.
Mas pode levar quatro semanas para você começar a se sentir melhor; e até seis meses para saber se o medicamento realmente funciona em você.
Por fim, segundo estudos, o alívio também pode vir com uma dose pequena de AAS todos os dias; ou dia sim, dia não. Consulte sempre seu médico
William Bastos.
Foto:© Vonschonertagen/iStock
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