Entenda a relação entre
compulsão alimentar e fome emocional.
Por
que engordamos ou emagrecemos exageradamente?
O que está por trás da forma como nos alimentamos?
Você já parou para refletir sobre como é a sua relação com a comida? Já ouviu
falar sobre fome emocional?
Claro que existem predisposições genéticas que não
podem ser ignoradas, como distúrbios hormonais e outras doenças que nos
levam a ganhar ou perder peso de forma considerável.
Por isso, é importante que toda pessoa que esteja passando
por problemas relacionados ao peso procure orientação médica e siga o
tratamento indicado.
Mas, ao lado das evidências fisiológicas, também é
importante lembrarmos que em grande parte das vezes as nossas emoções
podem reger o funcionamento do nosso organismo e o nosso comportamento
alimentar.
Fatores
emocionais e psicológicos podem comandar o formato dos nossos corpos.
Entenda o que é obesidade sob a ótica da
metafísica da saúde
A gordura funciona como um tipo de proteção. É uma
camada que, de certa forma, envolve ” o corpo e “amortece” simbolicamente as
agressões externas. O indivíduo sente que precisa se proteger, eventualmente
porque viveu episódios que o machucaram.
Um trauma instalado no subconsciente, ou mesmo um
evento recente com o qual não soube lidar direito, pode fazer com que,
inconscientemente, a pessoa tenha que providenciar um “campo de força” para
impedir, bloquear ou amortecer as dores que a vida impõe.
Outro motivo que leva ao ganho de peso , pode estar
relacionado a uma profunda sensação de vazio da alma. Solidão, carência, ,
sentir- se pouco importante ou insignificante, leva à busca pelo alimento
físico, já que o alimento emocional “está em falta”.
Comer
em excesso é uma forma de preencher diversas lacunas afetivas abertas
durante a vida.
Em ambos os casos citados como exemplo,
entendemos que o aumento de peso está intimamente ligado às fragilidades
e às dificuldades em lidar com os eventos da vida. , Na fase adulta, isso pode
revelar certa imaturidade emocional e um despreparo nos cuidados nas relações afetivas, que podem englobar aspectos sociais,
familiares ou profissionais.
Comer é prazeroso e é também um
subterfúgio que ameniza as frustrações.
Mastigar, por exemplo, pode ser uma forma para aliviar tensões e atenuar
o desconforto por não conseguir lidar com a realidade incômoda.
Ao mastigar alimentos duros como amendoim,
castanhas ou outros que precisam ser “quebrados” com os dentes, como balas
duras, é uma forma de extravasar a raiva represada na musculatura da mandíbula.
Como a fome emocional é desenvolvida?
Muitas mães com dificuldades de doar seu amor, usam
a comida para alimentar afetivamente seus filhos, daí crianças( e até bebês) se
tornarem obesos.
A
crença de que a comida supre o afeto vai acompanhar essas pessoas ao longo da
vida.
A pessoa
obesa precisa se ver no mundo e engordar é uma maneira simbólica de
atingir esse objetivo. Assim, ela passa a ocupar seu lugar “à força”, de
maneira física, já que não encontrou (ainda) meios para se fazer notar
apenas por ela ser quem é.
Da mesma forma que a camada de gordura
“protege” das agressões externas, ela também faz com que o indivíduo
tenha dificuldade para expressar o que sente e, embora sejam pessoas afetuosas,
em grande parte dos casos, são também carentes.
Não necessariamente a pessoa que passa por um
episódio de estresse emocional vai desenvolver obesidade, mas é comum que ganhe
peso porque o alimento é uma fonte de prazer e está “à mão”.
Comer alimentos calóricos fornece ilusoriamente a
saciedade emocional ou afetiva que ela não encontra nos eventos de sua
vida.
A comida passa a ser a companheira fiel que vai
amortecer os desconfortos e distanciar a pessoa dos verdadeiros motivos de sua
tristeza, oculta por trás de excesso de atividades, do esforço para ser sempre
simpático e querido ou evitando confrontos que possam lembrá-los de sua
turbulência interna.
O que é compulsão alimentar?
Toda compulsão é fruto de um grande desconforto
emocional e psicológico. Sentir-se descontroladamente compelido a apelar para
determinado tipo de comportamento, é uma forma de nublar as dores da
vida e não entrar em contato com as agressões que tocaram nossas emoções.
É o caminho mais destrutivo que se escolhe, de
forma inconsciente, para fugir do necessário encontro consigo mesmo.
A compulsão tira o foco do que idealmente deveria
estar sendo observado e compreendido para que, com um trabalho
multidisciplinar, a pessoa possa ter a posse sobre si mesma.
O primeiro passo é reconhecer qual é o
“objeto de consumo”, sejam drogas (álcool e todas as outras), jogos, sexo,
compras, celular, redes sociais ou a comida.
O compulsivo acorda e dorme esperando pelo momento
de satisfazer o que já se tornou um vício.
Tipos de compulsão alimentar
Bulimia
No caso da compulsão alimentar, a bulimia é sua
mais dramática expressão. É caracterizada por episódios incontroláveis de
ingestão de uma grande quantidade de comida e, sentindo-se culpada e
inadequada, não desejando engordar e temendo ser “descoberta”, a pessoa força o
vômito.
Para, Mais tarde, o episódio se repete: a pessoa
volta a comer e a vomitar e, outras vezes, pode recorrer também aos laxantes,
mas não abandonada comida.
Anorexia
A anorexia ou anorexia nervosa está intimamente
ligada à obsessão em perder peso. O anoréxico, ao contrário do bulímico, não
quer comer.
Tem uma visão distorcida a respeito do próprio
corpo e acredita que sempre está acima do peso. Mesmo que a balança ou o
espelho digam o contrário.
Por conta do transtorno, acabam se submetendo
a rotinas extenuantes de exercícios físicos e à prática de jejum, comprometendo
gravemente a saúde.
Apesar de serem doenças diferentes, ambas se
caracterizam por distúrbios do apetite, e não raro, o anoréxico já
flertou com a obesidade em algum momento da vida.
Ambos os transtornos precisam de intervenção médica
e psiquiátrica, já que depressão ou ansiedade podem ser as causas ou consequências dos
distúrbios.
Paralelamente,
é fundamental que um acompanhamento terapêutico seja também procurado e a
utilização de ferramentas de apoio como florais, aromaterapia e acupuntura sejam
utilizadas por profissionais especializados na área.
A essência floral mais gentil e adequada para casos
em que compulsões, sejam elas alimentares ou não, é a Agrimony. Como descreve
Mechthild Scheffer em “Terapia Floral do Dr. Bach”:
“As pessoas que necessitam de Agrimony estão
interiormente perturbadas por ansiedades e medos (…), não querem perceber,
nem mostrar o que vai por baixo da superfície. (….) Existe um estado
crônico de guerra entre os dois níveis. (…)”.
A utilização dessa essência ajudará a pessoa a
ganhar “força interior e estabilidade suficiente para enfrentar melhor os
problemas de todos os dias. As experiências negativas já não precisam ser
suprimidas, mas podem ser integradas na consciência.”
Realmente, a consciência de nosso estado emocional
é a chave que abre os caminhos para buscar ajuda no combate aos transtornos
alimentares.
Cada um tem sua história particular, os motivos que
desembocam nas dificuldades em se relacionar de forma saudável com o alimento
são diferentes para cada indivíduo.
Uma ação multidisciplinar que envolve
médicos, psicoterapeutas, nutricionistas e outras terapias de apoio, é
fundamental para resgatar o equilíbrio, tanto da saúde
física como da saúde emocional.
Você
tem algum comportamento compulsivo?
Entenda
quais questões emocionais podem estar afetando seu apetite. A Psicoterapia
Holística pode te ajudar a reduzir os sintomas.
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Celia Lima
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