Dicas infalíveis para afiar a inteligência e a memória.
Ao comparar exames cerebrais de 23 campeões da memória (que
ficaram entre os 50 primeiros lugares do Campeonato Mundial de Memória) com os
de 23 pessoas comuns da mesma idade, sexo e QI, os cientistas só encontraram
uma diferença:
No cérebro dos campeões, as regiões associadas à memória e ao
aprendizado visual e espacial se iluminaram com um padrão específico.
No cérebro das pessoas comuns, essas mesmas regiões se ativaram
de forma diferente.
Por que isso é importante?
Porque aprendemos vendo, e quanto mais vemos, mais recordamos
coisas.
Esses supermemorizadores aperfeiçoaram o método de converter os
itens que querem recordar (números, rostos, cartas e até formas abstratas) em
imagens que eles “veem” na mente. É um processo chamado “:
‘construção do palácio da memória”.
Como funciona:
Primeiro, você transforma os itens numa imagem – qualquer coisa da qual
vá se lembrar.
Por exemplo, para recordar sequências de cartas, Ed Cooke
(reconhecido como Grão-Mestre da Memória pelo Conselho Mundial de Esportes de
Memorização) contou ao escritor americano Tim Ferriss que atribui a cada carta
uma celebridade, uma ação e um objeto.
Assim, cada combinação de três cartas forma uma imagem única com
a celebridade da primeira carta, a ação da segunda e o objeto da terceira.
Dessa maneira,
“valete de espadas, seis de espadas, ás de ouros” se tornam o
dalai-lama usando o vestido de carne de Lady Gaga (aquele que ela usou na
cerimônia do MTV Video Music Awards, em 2010) e segurando a bola de basquete de
Michael Jordan.
O sistema de Cooke se baseia na ideia de que a memória se prende melhor às
pistas incomuns.
Depois, ponha mentalmente essa imagem em algum lugar que você
conheça: em sua casa ou em algum ponto da ida para o trabalho, por exemplo.
Finalmente, crie uma história sobre os itens que vai ajudá-lo a
ligá-los na ordem correta.
Eis alguns truques favoritos que ajudam a lembrar coisas na vida
cotidiana. Para lembrar: Palavras novas
Técnica: Mude a rotina.
Em um estudo clássico realizado na década de 1970 na
Universidade de Michigan, um grupo de alunos estudou uma lista de palavras em
duas sessões separadas.
Alguns o fizeram numa salinha cheia de coisas e outros num
espaço com duas janelas e um espelho falso.
Um grupo de alunos passou ambas as sessões na mesma sala, enquanto
o outro fez cada sessão num ambiente.
Numa prova realizada numa sala totalmente diferente, os alunos
que estudaram em vários lugares recordaram 53%
mais do que os que estudaram em uma só sala.
Estudos subsequentes mostraram que variar outros aspectos do
ambiente (a hora do dia, a música de fundo, ficar sentado ou em pé etc.) também
ajuda a recordar.
Isso porque o cérebro liga as palavras (ou o que você estiver
aprendendo) ao contexto que o cerca.
E, quanto mais pistas contextuais você associar às palavras,
mais base o cérebro terá para recordá-las.
Para
lembrar: Senha numérica
Técnica: Conte-a
Você pode usar seu aniversário, é claro, ou o número de
telefone, mas os ladrões de identidade conseguem descobrir essas senhas bem
depressa.
Em vez disso, experimente a dica de Dominic O’Brien, oito vezes
Campeão Mundial de Memória. Escreva uma frase de quatro palavras e conte o
número de letras de cada uma. Por exemplo: “Esta é minha senha” = 4155.
Conteúdo Revista SELEÇÕES.
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