Energia elétrica vai permanecer mais cara em
2022.
O ano de 2021 foi marcado pela ausência de chuvas e, por sua vez, pelo
aumento das contas de energia elétrica. A situação passou a melhorar a partir
de outubro, com a chegada de chuvas, mas as contas ainda vão permanecer
mais caras ao longo do ano.
O Brasil precisou importar energia elétrica de países vizinhos para não
sofrer com apagões e racionamento
De acordo com o Broadcast Energia, as medidas tomadas para
evitar apagões e racionamentos de energia elétrica trouxeram esse alto custo
para o bolso do consumidor. E o que deve acontecer é que, agora, essas despesas
serão pagas com juros.
Entre as soluções encontradas para não enfrentar a falta de energia
foram o uso de usinas térmicas e a importação de energia da Argentina e
do Uruguai. Ao todo, o valor era de R$ 16,8 bilhões até o mês de outubro.
Mesmo a criação de uma bandeira mais cara, a de escassez hídrica, a
medida não foi suficiente para cobrir todos os gastos.
Segundo o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS),
Luiz Carlos Ciocchi, as tarifas não devem ser barateadas no curto prazo.
Isso porque o governo deve manter a cobrança de uma bandeira tarifária
mais cara.
“A bandeira escassez hídrica já está planejada até abril e cobre custos
já incorridos. Se terminarmos a estação chuvosa em bons níveis, aí sim teremos
um custo menor durante o ano”, explicou.
Sendo assim, os benefícios ainda não chegarão aos consumidores nos
próximos meses. Afinal, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel), a conta acumula um rombo de R$ 12,35 bilhões pelo menos até
novembro.
Há ainda um outro fator que pode encarecer a energia elétrica ao longo
de 2022. Além dos reajustes anuais de tarifa, as distribuidoras de
energia preveem que o desconto na conta de luz para quem poupou energia nos
últimos meses deve custar R$ 1,62 bilhões.
Ministério de Minas e Energia
criou um programa de incentivo para aqueles que quiseram reduzir, de forma
voluntária, o consumo de energia elétrica num dos períodos mais severos da
crise hídrica.
Falta de chuvas
foi bateu recordes
A escassez hídrica enfrentada no Brasil em 2021 foi a pior dos
últimos 91 anos. Os níveis de reservatórios importantes nas regiões Sudeste
e Centro-Oeste chegaram a registrar apenas 16,75% de sua capacidade total em
setembro.
A boa notícia é que, conforme dados emitidos pelo Operador Nacional do
Sistema Elétrico (ONS), a projeção é de que, até o fim de janeiro, esse
reservatório atinja pelo menos 40% de sua capacidade. A previsão também é
positiva para reservatórios que ficam em outras regiões do Brasil.
Com
informações de Yahoo Finanças e Broadcast.
Por: Loyane Lapa.
Imagem:
Shutterstock.
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FINANÇAS & EMPREENDORISMO.
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