Cresce número de mais escolarizados que desistem de procurar emprego.
Desempregado desde 2017, o engenheiro Diogo Dutra da Silva usa as economias enquanto não retorna ao mercado.
Desde que o Brasil entrou oficialmente em recessão, em 2014, o desalento – quando o trabalhador desiste de procurar emprego simplesmente por achar que não vai mais conseguir encontrar uma vaga – subiu a pirâmide social.
O número de trabalhadores com maior nível de escolaridade que entrou nessa categoria aumentou exponencialmente.

No terceiro trimestre do ano passado, o total de pessoas que estudaram por dez anos ou mais (que é o equivalente a ter ao menos iniciado do o ensino médio) e tinham parado de buscar trabalho era de 1,66 milhão, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua.
No terceiro trimestre de 2014, esse número era de 394 mil pessoas.
Isso quer dizer que mais de 1,27 milhão de trabalhadores bem qualificados, em plena idade produtiva, caíram no desalento de 2014 até setembro do ano passado, pelos números da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), compilados pela consultoria IDados.
Em 2012, o primeiro ano da Pnad, os trabalhadores com maior formação eram 26% dos desalentados. Agora, eles já chegam a 35%.
O porcentual de brasileiros mais escolarizados que desistiram de buscar um emprego começou a crescer em 2015 e avançou sete pontos porcentuais em apenas três anos.
Segundo especialistas ouvidos pelo Estado, esse movimento é ruim porque indica que mesmo as pessoas com maior qualificação estão pessimistas com o mercado de trabalho.
Um dos motivos para esse desânimo é que, na saída da recessão, as vagas de emprego criadas são, em sua maioria, de baixa remuneração, muitas vezes informais – foi isso que sustentou a pequena queda da taxa de desemprego no ano passado.
Puxada exatamente pelo aumento da informalidade, a desocupação caiu de 13,1%, no início do ano, para 11,6%, no fim de dezembro.
Padrão
Além disso, como esses trabalhadores que acumularam anos de estudo tinham salários maiores antes do desemprego, quando o desalento chega a esse grupo, a renda familiar é mais prejudicada, analisa Bruno Ottoni, da IDados.
“São pessoas mais qualificadas e com um padrão de vida melhor, que desistiram em algum momento de procurar emprego.”
Por estarem em uma situação mais frágil no mercado de trabalho, ganharem menos e estarem mais sujeitos a perder o emprego, os brasileiros com menor formação ainda são a maioria em situação de desalento, mas a presença deles entre os que desanimaram de procurar uma vaga caiu de 73%, no terceiro trimestre de 2014, para 65% no terceiro trimestre do ano passado.
Douglas Gavras. Foto:© Helvio Romero/ Estadão
Conteúdo ESTADÃO.
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Beber cerveja atrai mais picadas de mosquitos.
Alguns especialistas alertam que a cerveja, principalmente bebida em excesso, pode aumentar a chance de infecção pelos vírus da dengue, zika, chikungunya e malária.
O Brasil é um dos países que mais bebem cerveja no mundo, com um consumo de cerca de 70 litros por ano por pessoa.
O que é certo é que no verão se toma mais, porque para muita gente a estação mais quente do ano "pede" uma gelada. Mas é preciso ter cuidado.
Alguns especialistas alertam que esta bebida, principalmente em excesso, pode aumentar a chance de infecção pelos vírus da dengue, zika, chikungunya e malária.
O professor titular do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia (MIP) do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Carlos Brisola Marcondes, cita dois estudos, um realizado no Japão e outro em Burquina Faso, que verificaram que a ingestão de cerveja atrai mais mosquitos para o bebedor.
Ou seja, a bebida aumenta o número de picadas dos insetos hematófagos transmissores de doenças em quem a consome, e, consequentemente o risco da doença.
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Na pesquisa japonesa, foi testada uma dose de 350 ml de cerveja feita de cevada, para a atração do Aedes albopictus, parente próximo do Aedes aegypti.
Em Burquina Faso, os pesquisadores deram aos participantes uma quantidade não informada de uma feita com sorgo (4% de álcool), localmente chamada de dolo, para verificar o resultado sobre a espécie Anopheles gambiae, transmissor da malária.
"Em ambos os estudos, se notou um aumento significativo na atração dos insetos", conta Marcondes. "Além disso, no segundo trabalho, verificou-se também o estímulo ao voo dos mosquitos. Este efeito foi atribuído à dispersão do álcool pelo organismo com presença de etanol no suor."
De acordo com ele, no estudo feito no Japão houve variações na temperatura corporal do bebedor, dependentes da sua tolerância ao álcool.
"Em Burquina Faso, no entanto, se observou que a redução de temperatura corporal e a quantidade de gás carbônico (CO2) exalado (esta última não influenciada pela cerveja) não tiveram efeito significativo sobre a atração", informa Marcondes.
"Os autores supuseram que com a cerveja haveria maior produção de cairomônios (as substâncias voláteis emanadas dos bebedores), que atrairia mais mosquitos."
O que atrai mosquitos
"Há várias substâncias que atraem mosquitos, sendo as mais conhecidas o gás carbônico e o ácido láctico (liberado no suor), e certamente há outras que ocorrem naturalmente no corpo que os repelem", diz cientista
Esses cairomônios e o álcool não são as únicas substâncias que aumentam o número de picadas.
"Há várias que atraem mosquitos, sendo as mais conhecidas o gás carbônico e o ácido láctico (liberado no suor), e certamente há outras que ocorrem naturalmente no corpo que os repelem.", diz Marcondes.
"Para algumas espécies, crianças são mais atraentes que adultos e negros mais que brancos, mas para outras é o contrário. Isto é um campo de grande importância a ser explorado por mais pesquisas científicas."
O médico sanitarista Rodolpho, Telarolli Júnior, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas do campus de Araraquara, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), enumera outros exemplos.
"Alguns estudos demonstram (mas isso não é unânime) que os mosquitos são atraídos por indivíduos cuja respiração contenha maiores teores de gás carbônico, como é o caso daqueles que acabaram de fazer exercícios físicos e estão com o metabolismo mais acelerado", explica.
"O mesmo valeria para as gestantes, que apresentam condição semelhante durante toda a gravidez, bem como os indivíduos com sobrepeso ou obesidade."
De acordo ele, os insetos hematófagos teriam maior atração pelas pessoas e pelas áreas do corpo humano com maior temperatura. "É o caso dos indivíduos com febre, como os portadores de doenças transmissíveis, como a dengue, por exemplo", diz Telarolli.
Segundo ele, por motivos ainda ignorados, alguns estudos demonstram que há espécies que têm preferência em picar indivíduos com tipo O de sangue, em detrimento daqueles com outros tipos (A, B e AB).
"Outras pesquisas têm demonstrado que o uso de roupas escuras é um fator que pode atrair mais os mosquitos", revela Telarolli.
"Então, em áreas de grande infestação por esses insetos, é prudente usar roupas de cor clara e os portadores de sangue tipo O devem redobrar os cuidados."
O que se pode concluir, segundo Marcondes, é que a pele e o ar expirado exalam substâncias que influenciam a preferência de mosquitos, diferenciando os indivíduos e levando os insetos a ter preferência por crianças, diferente da que têm por adultos.
"Há também variações entre raças", diz. "Mas a ecologia química da atração deles é um assunto difícil e ainda pouco compreendido.
A hematofagia (ingestão de sangue) desses animais depende de fatores complexos, envolvendo olfato e visão, esta última principalmente em espécies diurnas, como a mosca tsé-tsé, da doença do sono, e o nosso bem conhecido Aedes aegypti."
Como se proteger de picadas de mosquito
Para ele, deveriam ser feitos estudos com outras bebidas, além da cerveja, para verificar se é o álcool que afeta os mosquitos ou algo característico dela.
"Seria também muito importante desenvolver testes no Brasil, com insetos de vários grupos, como borrachudos, flebotomíneos (moscas transmissoras de leishmaniose), maruins, e bebidas nacionalmente bastante consumidas, como a cachaça", defende.
"Com poucos trabalhos sobre o assunto, é uma área aberta para pesquisas, que tem grande importância sanitária."
Outro fator não estudado para aumentar a quantidade de picadas é a provável redução da capacidade de defesa contra as picadas das pessoas que beberam em excesso.
"Pele de bêbado não tem dono", brinca Marcondes. "Portanto, cuidado com a bebida, especialmente em grande quantidade, pois pode aumentar a chance de ser infectado com malária, dengue e outras doenças transmitidas por mosquitos."
Daí a importância de novos estudos. Ainda mais quando se sabe que um dos principais determinantes da transmissão de doenças originadas de insetos vetores é a frequência de picadas.
"Desta forma, os fatores que influenciam a quantidade delas são de importância epidemiológica", diz Marcondes.
"Assim, por exemplo, o controle de malária é mais eficiente se tiver como alvo principalmente os indivíduos que têm a preferências dos mosquitos. As gestantes estão entre essas pessoas que mais os atraem,"
Enquanto novas pesquisas não são realizadas, algumas medidas simples ajudam a se proteger das picadas dos insetos.
"Evitar frequentar lugares onde os mosquitos circulam, como regiões próximas a cursos d'água ou jardins ou outras áreas infestadas pelos insetos é uma delas", diz Telarolli.
"Não usar roupas escuras quando for necessário ir até esses locais; utilizar repelentes, que devem ser aplicados sobre as roupas e não diretamente sobre a pele; manter a casa com telas, quando viver em áreas infestadas; e quando tiver ingerido bebidas alcoólicas ou no caso das gestantes redobrar os cuidados com os mosquitos são outras medidas que devem ser tomadas."
Conteúdo BBC Brasil.
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Comer frituras aumenta risco de morte em até 13%.
A fritura reduz a água do alimento, aumenta a densidade energética e muda a composição dos ácidos da gordura
Se na hora do almoço você costuma optar pelas frituras talvez queira repensar sua decisão. Um estudo publicado no British Medical Journal mostrou que mulheres que adicionam porções diárias de alimentos fritos à refeição apresentam maior risco de morte por qualquer causa, exceto câncer.
Os resultados mostraram que uma porção regular de frango frito, por exemplo, eleva o risco em 13%; já pescados, como peixe e marisco, elevam em 7%. “As pessoas já sabem que alimentos fritos podem ter resultados adversos na saúde.
O que a nossa descoberta mostra é que o consumo de frituras está associado à mortalidade geral”, comentou Wei Bao, da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, à revista Time.
Segundo os pesquisadores, o aumento do risco pode estar relacionado a vários motivos, como a possibilidade de esses alimentos serem ultraprocessados – o que indica maior quantidade de sódio; ou os métodos de cozimento, temperatura do processo de fritura e tipo de óleo usado – todos associados ao risco de morte.
Além disso, estudo de 2017 já havia indicado que pessoas que comem batatas fritas duas ou mais vezes por semana têm risco dobrado de morte prematura; e outra pesquisa apontou a existência de ligações entre o consumo de alimentos fritos e a probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2 e doenças cardíacas.
Para proteger a saúde e reduzir os riscos, a sugestão da equipe é controlar o tamanho das porções e reduzir a frequência de consumo, em particular de frango frito e peixe. Esse é o primeiro estudo a analisar a relação entre o consumo de alimentos fritos e a mortalidade ao longo do tempo.
O estudo
Para chegar a esta conclusão, os cientistas analisaram os hábitos alimentares de aproximadamente 107.000 mulheres de 50 a 79 anos ao longo de 18 anos.
Ao se inscreverem no estudo, entre 1993 e 1998, as participantes completaram um questionário de frequência alimentar que verificava o consumo e o tamanho da porção de 122 itens alimentares, incluindo frango e peixe fritos, batatas fritas, tortillas e tacos.
A equipe ainda considerou outros fatores ligados à mortalidade, como nível de escolaridade, renda, consumo total de energia e qualidade geral da dieta. 
A análise mostrou que as mulheres que ingeriam uma ou mais porções de alimentos fritos por dia tinham um risco 8% maior de morte por todas as causas, incluindo àquelas relacionadas ao coração.
Para os pesquisadores, este achado não foi estatisticamente significativo; no entanto, alimentos específicos, como frango e peixe, mostraram-se mais preocupantes.
Comer frango frito, por exemplo, teve um risco 13% maior de morte por qualquer causa e 12% para causas conectadas ao coração; no caso do peixe frito, os números foram 7% e 13%, respectivamente. A única causa de morte descartada pelo estudo foi câncer.
Ainda que os resultados da pesquisa tenham sido descobertos em mulheres mais velhas, os pesquisadores acreditam que eles podem ser aplicados à população em geral. “Não há nenhuma razão para que os efeitos possam diferir por idade ou sexo.
Suspeito que a associação possa ser semelhante entre mulheres mais jovens ou até entre os homens”, revelou Bao à Time.
Perigo da fritura
Carne branca, como frango e peixe, são consideradas mais saudáveis, entretanto, a forma de preparo pode reverter possíveis benefícios.
Em entrevista à CNN, Bridget Benelam, da British Nutrition Foundation, explicou que o processo de fritura em altas temperaturas aumenta o teor de gordura do alimento e estimula a produção de gorduras trans e outros compostos danosos, como produtos finais da glicação avançada (AGEs, na sigla em inglês).
De acordo com estudo, esse composto – que surge quando alimentos ricos em proteína são cozidos em altas temperaturas – está associado à maior probabilidade de todas as causas de morte, incluindo por doenças cardiovasculares.
Os cientistas ainda que a reutilização do óleo pode ser um fator de risco: muitos restaurantes reutilizam o óleo ao fritar alimentos e esse processo gera substâncias prejudiciais à saúde, o que aumenta o risco de morte; quando consumidos em casa há menor probabilidade de que o óleo seja reutilizado.
‘Não podemos generalizar’
Embora os resultados sejam significativos, Bao alertou para o fato de que as descobertas do novo estudo “não podem ser generalizadas” globalmente.
Isso porque em cada país existem métodos de frituras diferentes: na Espanha, por exemplo, a população costuma preparar a comida em casa e optam por utilizar óleos mais sudáveis, como o azeite de oliva, o que reduz riscos de saúde – ou mesmo onde se come a fritura (em casa ou restaurantes).
Já em outras partes do mundo, como nos Estados Unidos, boa parte a alimentação é frita e/ou consumida em rede de fast food.
Ao comer em restaurantes, o indivíduo consome mais calorias uma vez que as porções são maiores; além disso, essas frituras fornecem maior quantidade de gordura e sal, conhecidos vilões da saúde – e ainda vale considerar a reutilização do óleo.
Por causa disso, Tracy Parker, da British Heart Foundation, recomendou fazer escolhas mais saudáveis dentro e fora de casa. “Usar métodos de cozinhamento mais saudáveis ​​em casa, como assar, grelhar ou escolher opções mais saudáveis ao sair para comer são mudanças simples que podem fazer uma grande diferença para a saúde do coração”, disse ela à CNN.
Críticas
A principal crítica ao estudo é por ser observacional, ou seja, não foi possível determinar causa-efeito dos resultados encontrados.
Os autores observaram, por exemplo, que a pesquisa não desconsiderou o impacto de outros fatores que afetam a saúde, como o fato de que mulheres habituadas a consumir regularmente alimentos fritos tendem a ser menos saudáveis, implicando na existência de uma série de outros fatores – e não só a fritura – que podem gerar os resultados encontrados.
Fotos:© Thinkstock.
Conteúdo: Revista VEJA online.
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Mochila deve ter até 10% do peso do aluno para evitar danos à saúde. 
Item quase indispensável na rotina escolar crianças e jovens país afora, a mochila pode ser aliada e vilã, dependendo da maneira como é usada. De acordo com a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), o peso da mochila não deve ultrapassar 10% do peso da criança, uma vez que mochilas pesadas podem causar dores e lesões em ombros, pescoço, lombar, quadril e joelhos.
Para ajudar pais, responsáveis, crianças e jovens nessa missão diária de organizar a mochila para o ambiente escolar, a psicopedagoga e orientadora educacional do colégio Mopi Adriana Ferreira lista cinco dicas de ouro.
    Primeiramente, observe o peso da própria mochila. Algumas delas são produzidas com material que já é pesado ou possui tantos acessórios que comprometem esse aspecto.
Mochilas menores também podem ser um boa alternativa para que os alunos não precisem carregar material supérfluo.
    As capas duras tornam o caderno um dos vilões do peso na mochila. É sempre recomendável a compra de cadernos individuais mais finos.
É também preferível substituir os cadernos no meio do ano, evitando que o aluno sofra com as dores provocadas pelo excesso de peso;
    Pense nos itens necessários para a aula na noite anterior. Os jovens têm uma tendência a arrumar a mochila para a semana com medo de esquecer algo. Isso é um erro terrível, uma vez que aumenta em demasia o peso a ser carregado.
    Sempre que possível, esvazie a mochila. Inúmeras vezes, a mochila dos filhos é aberta e são notados vários papeis embolados, panfletos, materiais e livros que não são mais usados, brinquedos ou maquiagens em demasia, entre outros. Habituá-los a esse processo é uma boa saída;
    Organize a mochila de forma a distribuir o peso. Os materiais mais pesados precisam estar mais próximos ao corpo e, havendo bolsos laterais, distribua uniformemente os objetos para equilibrar o peso.
"Essas dicas podem minimizar o problema, mas é indispensável que a família ensine a criança essa forma organização e não faça por ela.
Com a correria do dia a dia, é muito comum ver mães, pais e responsáveis bastante preocupados com essa questão e que acabam fazendo pelo filho para ser mais 'rápido'.
Esse é um dos piores erros cometidos por pais e responsáveis. Fazer por eles não vai ensiná-lo e, sim, acomodará o estudante que, com o passar do tempo, terá ainda mais responsabilidade e peso para carregar. E como conseguirá aprender sozinho, se sempre teve alguém para fazer por e para ele?”, completa a orientadora.
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Pele oleosa:
5 cuidados para controlar a oleosidade no verão.
O tempo quente não precisa ser um problema para aquelas que sofrem com a oleosidade excessiva; confira as dicas para manter a saúde da pele em dia
Apesar da oleosidade ser uma característica natural, o  excesso de brilho não é algo que agrada as pessoas e é fato que isso se agrava no verão. Mas se você tem pele oleosa e está sofrendo por causa do "reflexo" que acaba surgindo na zona T, fique sabendo que não é preciso se preocupar, porque existem formas de controlar a situação. 
A pele oleosa não precisa ser um problema no verão, já que com alguns cuidados você pode evitar o brilho em excesso.
O dermatologista Jardis Volpe, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia, explica que a maior parte da população brasileira tem problemas com pele oleosa , considerando principalmente que vivemos em um país tropical e o clima quente predomina. "Isso porque é o calor que estimula as glândulas sebáceas", diz.
Além disso, o especialista explica que o uso de produtos ou a realização de higienizações profundas  , que secam demais a pele, podem provocar um efeito rebote, ou seja, a oleosidade e até a acne podem voltar de forma mais intensas do que antes desse procedimento.
Para evitar ambos problemas, o ideal é seguir um ritual completo de beleza que ajude a controlar o brilho excessivo, mas que também não retire todo o óleo a ponto de deixar a pele ressecada. Veja abaixo as dicas de como fazer isso:
1. Limpeza
O primeiro passo para evitar uma pele oleosa é apostar em uma limpeza profunda dos poros com sabonetes com ácidos
O primeiro passo para começar o ritual é apostar na limpeza em profundidade dos poros. “Podemos lavar a pele com sabonetes que contenham ácidos, como o glícólico ou salicílico, que ajudam a esfoliá-la, retirando principalmente o excesso de oleosidade”, diz o médico.
Esses ácidos têm uma ação importante no controle da oleosidade, mas também deixa a pele mais fina e suscetível à alguns danos.
Por isso, esse tipo de limpeza é restringida a duas vezes ao dia e o produto não pode ser muito agressivo, para não retirar a barreira protetora da pele e estimular o efeito rebote. “É preciso ter cuidado para não entrar num ciclo vicioso de desequilíbrio e compensação", alerta Jardis.
Outra dica é procurar sabonetes de extratos vegetais, como o de calêndula, que também podem ser usados para ajudar a pele oleosa.  Se estiver com  dúvidas sobre o que é melhor para você, procure o seu dermatologista para pedir uma indicação.
2. Esfoliação
A esfoliação é o segundo passo para evitar ter a pele oleosa no verão, porque ajuda na limpeza e renovação das células
A esfoliação é um processo que remove os resíduos, assim como pele morta, e permite que as células se renovem mais rápido.
Como há essa remoção da barreira de proteção da pele, o profissional afirma que essa etapa só deve acontecer, no máximo duas vezes por semana e, de preferência, ser feita à noite, antes de dormir.
Isso porque quando retiramos a oleosidade natural da pele, ela vai assumir que tem de produzir mais óleo para compensar o déficit — o famoso "efeito rebote".
A indicação é usar esfoliantes naturais como a seda do arroz ou semente de apricot. "Produtos abrasivos e com microplásticos podem também remover demais a barreira protetora da pele", afirma.
3. Tonificação
A loção tonificante ajuda a evitar a pele oleosa e deve ser usada como terceiro passo do ritual, após a limpeza e esfoliação
O tônico tem uma função principal: regular o pH da pele, que pode ser facilmente alterado por causa da poluição diária, além do uso de maquiagem, cosméticos e sabonetes
"Além de regula o pH, a loção tonificante promove limpeza profunda dos poros e ajuda na penetração de ativos dos cosméticos posteriores”, explica o dermatologista.
A indicação é sempre usar esse produto como um terceiro passo para o ritual de beleza.
 “Logo após o sabonete, usar um tônico adstringente com ativos secativos e bactericidas e que contenham álcool em pequena dose."
4. Hidratação
A pele oleosa geralmente produz pouca água e, por isso, é essencial manter o uso do hidratante oil-free todos os dias
Segundo Jardis, o segredo do controle da oleosidade é ter equilíbrio, mas a pele oleosa é rica em óleo e pobre em água.
Por isso, é essencial manter a hidratação em dia como um dos passos desse ritual de cuidados, investindo em hidratantes oil-free, texturas em gel ou sérum e ativos que estimulem esse processo de forma natural.
“A hidratação é fundamental para evitar o efeito rebote”, explica o médico, que indica realizar o tratamento sempre após a limpeza e tonificação.
Substâncias como Hyaxel, um ácido hialurônico de baixo peso molecular, podem ser usadas, pois o ativo estimula a autohidratação.
5. Fotoproteção
O protetor solar é algo que deve ser usado todos os dias, mas se você tem pele oleosa precisa escolher um específico.
Não é só no verão que a fotoproteção é obrigatória, viu? Mesmo se o único horário que você consegue tomar um Sol é no caminho para o trabalho, não dá para deixar o protetor solar de lado, porque é o único jeito de evitar queimaduras dos raios raios ultravioleta (UV).
Entretanto, seja difícil encontrar um produto adequado para sua pele. “Esses filtros precisam ser específicos para pele oleosa e com acne, podendo conter ativos controladores da oleosidade e devem ter toque seco.
Oriente-se o uso de FPS de no mínimo 30 e a reaplicação a cada duas horas em exposição direta”, diz.
Cuidados extras com pele oleosa para quem tem acne
Ter pele oleosa pode significar problemas com acne, mas alguns cuidados e truques podem ajudar a controlar as espinhas
Outro problema para quem sofre com a oleosidade são as espinhas, mas existem algumas dicas que podem ajudar nessa questão. 
“Se estamos falando de uma espinha isolada, daquelas internas ou vermelhas, sem a famosa coloração amarelada (nesse caso, chamamos de pústulas), para uma emergência podemos utilizar aplicação de gelo envolto em um tecido ou bolsas pequenas de gelo, por alguns minutos", explica o profissional.
Segundo ele, o gelo é anti-inflamatório e, da mesma forma que faz desinchar as olheiras  , também pode ser um remédio para diminuir espinhas. "Logo depois, é possível aplicar um creme com ácido salícilico ou peróxido de benzoíla”, indica.
Porém, se você tem pele oleos a com espinhas inflamadas, a melhor opção é escolher um creme secativo, que deve atuar rapidamente e ter baixo grau de irritação, com ativos como enxofre, melaleuca, ácido salicílico e medicamentos como o peróxido de benzoíla.
Por iG Delas. Fotos: shutterstock

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9 erros que você comete e comprometem sua saúde no verão.
É uma delícia aproveitar o sol, a piscina e a praia no verão. Ou, mesmo sem a parte de praia e piscina, curtir os dias quentes com roupas levinhas e cabelos presos cheios de estilo pela cidade.
Só que tudo isso requer cuidados: o sol é uma excelente fonte de vitamina D, mas também é o causador de câncer de pele, manchas, insolação, envelhecimento precoce da pele e doenças em outras partes do corpo – até nos olhos – se não forem tomados os cuidados adequados em relação a ele.
Evitar os danos dos raios UVA e UVB é dever de todos.
Além disso, esquecimentos bobos podem comprometer a saúde ao longo destes meses tão quentes e tão gostosos. Confira quais são os principais erros de verão e se lembre sempre de não cometê-los mais. Seu organismo agradece!
Não usar protetor solar
Este é o pior e mais perigoso erro. Se você simplesmente não usar protetor solar, sua pele fica exposta aos raios UVA e UVB, causadores de manchas a câncer de pele, passando por envelhecimento precoce de pele e outras doenças cutâneas. Também pode ficar com bolhas e ter insolação.
O protetor solar deve ser usado todos os dias, mesmo que esteja nublado ou chuvoso, pois os raios ultravioletas passam pelas nuvens e danificam a pele em qualquer condição climática.
Usar o protetor solar de forma incorreta
Não basta passar o protetor solar de qualquer jeito na pele: é preciso aplicá-lo nas quantidades certas em cada parte do corpo e reaplicá-lo a cada duas horas ou depois de mergulhos na água (mesmo que a última aplicação tenha sido há menos de duas horas).
Se não for feito desta maneira, a pele estará exposta aos males dos raios ultravioletas de igual maneira.
Esquecer de beber água
Transpiramos e perdemos mais líquidos no calor, o que requer atenção redobrada à hidratação.
O recomendado é que sejam bebidos pelo menos dois litros d’água por dia – veja bem: pelo menos, o que significa que você pode beber mais que isso, na medida em que sinta sede.
Quando você bebe menos que dois litros d’água por dia, prejudica a pele (que fica gradativamente mais ressecada) e os rins (note se a urina está ficando escura). Nunca é demais lembrar: beba água!
Não proteger os lábios contra os raios solares
Você lembra de passar protetor solar até atrás da orelha, mas esquece dos lábios? Isso é um problema!
A pele labial é sensível e também precisa ser protegida contra os raios UVA e UVB – o lábio inferior é um local comum de manifestação de câncer de pele.
Providencie um bom protetor solar específico para os lábios e afaste esse risco.
Não passar hidratante na pele oleosa
Todas as peles – inclusive a oleosa – precisam de hidratante o ano todo, e mais ainda no verão. Sem hidratação tópica, haverá ressecamento, descamação e o risco de um quadro de desidratação cutânea.
Há hidratantes para todos os tipos de pele. Escolha o melhor para a sua e seja feliz!
Não usar óculos escuros
Os olhos também sofrem com a exposição aos raios UVA e UVB: os problemas podem ir de irritação e lacrimejamento a catarata e degeneração macular, passando por doenças como o pterígio (aquela carninha que se forma no canto dos olhos).
Use sempre óculos escuros de boas marcas, com lentes com proteção contra os raios ultravioletas. Dica: os baratinhos de camelô quase nunca têm essa proteção. Invista um pouquinho mais no acessório, pelo bem de sua saúde ocular.
Depilar-se com cera e já se expor ao sol
A pele sensibilizada pela depilação com cera – que não deixa de ser uma pequena agressão no puxar dos pelos – sofre com a exposição ao sol e pode ganhar manchas indesejadas. É importante esperar pelo menos 48 horas depois de se depilar dessa forma.
Não tomar uma ducha de água doce depois de entrar no mar
O sal e a areia do mar ressecam a pele, por isso é indispensável removê-los depois dos mergulhos.
O maior problema desse tipo de ressecamento é a formação de fissuras, que servem como porta de entrada para bactérias, vírus e micro-organismos maléficos em geral.
Se na praia que você frequentar não houver duchas de uso coletivo, leve água de torneira em garrafas para jogar no corpo depois dos banhos de mar.
E não se esqueça de reaplicar o protetor solar na sequência.
Ficar com roupas molhadas na praia ou na beira da piscina
Biquínis, maiôs e roupas molhadas em geral são o ambiente perfeito para a instalação de fungos que causam micoses na pele.
Sempre seque a pele e, por mais chato que isso possa parecer, troque de biquíni ou de maiô depois dos mergulhos.
Fontes consultadas:
Juliana Toma (dermatologista pós-graduada em oncologia cutânea), Dulce Aunhao (dermatologista da Central Nacional Unimed) e Marcus Safady (oftalmologista – Sociedade Brasileira de Oftalmologia).
Raquel Drehmer. Foto:© mabe123

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