Limpeza de pele: entenda tudo sobre o procedimento.
Ao falar de pele bonita e saudável, não podemos deixar de falar da limpeza de pele!
Ficar com uma pele bonita é o sonho de muita gente, até porque ela é o nosso cartão de visita, não é mesmo? E ao falar de pele bonita e saudável não podemos deixar de comentar sobre limpeza de pele!
Existem no mercado diversos produtos, serviços e cuidados que são nossos aliados quando o assunto é melhorar a saúde e a aparência da pele.
Seu objetivo é eliminar as impurezas, as substâncias que obstruem os poros (sebo e queratina), cravos, os pequenos cistos brancos (milium), a oleosidade e as células mortas!
Mas lembre-se:
Ao cuidar da pele, também não podemos esquecer do cuidado de dentro para fora, por meio da alimentação!
Limpeza de pele e seus benefícios:
Realizada normalmente em clínicas de estética, mas às vezes em casa (o que não é muito recomendado por profissionais), as vantagens são muitas.
Segundo o dermatologista Tiago Silveira, entre os benefícios de uma boa limpeza de pele encontram-se a renovação celular, aspecto de pele limpa, mais lisa, sem cravos (pontos pretos e “massinhas brancas”) e com poros reduzidos.
Dermatologista Tiago Silveira
“Os cravos são precursores das espinhas, isto é, podem gerá-las. A limpeza de pele constante previne o aparecimento das espinhas inflamadas, já que os cravos são removidos.
Logo, a limpeza de pele é coadjuvante importante no tratamento da acne”, afirma o especialista.
Para todos os tipos de pele!
A limpeza de pele é, a princípio, indicada para quase todo tipo de pele. Mas é preciso tomar alguns cuidados, como em casos de peles ressecadas ou sensíveis.
“As peles muito ressecadas ou sensíveis merecem uma limpeza mais suave, com produtos mais delicados.
Vale ressaltar que a pele com acne muito inflamada (nódulos, cistos, espinhas grandes, vermelhas e com pus) não pode receber a limpeza de pele de imediato.
Afinal, a inflamação e as bactérias podem se disseminar e alcançar a corrente sanguínea quando esprememos as erupções. Por isso, nesses casos, um tratamento para abrandar o quadro deve ser feito previamente com o dermatologista”, informa o médico.
É bom lembrar que, quando o paciente realiza procedimentos estéticos como lasers e peelings ou quando sua pele foi exposta ao sol recentemente, os especialistas recomendam que o procedimento seja adiado por alguns dias.
Passo a passo da limpeza de pele:
Assepsia
A limpeza começa, basicamente, na a assepsia da pele com substâncias que limpam, desengorduram e matam bactérias.
Esfoliação
A próxima etapa é a esfoliação, que tem como objetivo remover as células mortas e possíveis impurezas.
Extração
A extração manual (e com agulhas eventualmente) dos cravos abertos (pontos pretos) e fechados (pontos brancos). O processo pode ser auxiliado com uso de vapor morno para abrir os poros e amolecer os cravos.
Finalização
Por fim, são usadas tecnologias ou substâncias para ajudar na recuperação, como calmantes e cicatrizantes. Também é possível a utilização de outros compostos com ações diversificadas de acordo com cada tipo de pele.
“Podem ser usados produtos mais hidratantes para peles ressecadas, substâncias com ação rejuvenescedora, ácidos e vitaminas para peles desvitalizadas e com sinais de envelhecimento, e medicações antibióticas e calmantes, para peles acneicas, ou antisseborreicas, para peles oleosas”,  informa Tiago.
Limpeza de pele caseira?
Muito se fala sobre limpeza de pele caseira, mas, segundo o Dr. Tiago, “a limpeza de pele completa não é indicada como rotina domiciliar, uma vez que o público leigo não tem os instrumentos e a técnica corretos para extrair os cravos, de forma a minimizar o trauma na pele, e as possíveis manchas e machucados decorrentes”.
Além disso, o ambiente domiciliar não é livre de bactérias e microorganismos que podem contaminar o local tratado, ocasionando consequências muitas vezes graves.
O dermatologista ainda informa que algumas lesões na pele são parecidas, dificultando a diferenciação entre cravos e lesões como tumores benignos, cistos e até câncer de pele.
Se você pretende cuidar da sua pele em casa, recomenda-se uma limpeza simples: trate-a com um bom sabonete, vaporize-a (exponha a pele ao vapor) e em seguida esfolie com delicadeza.
“A esfoliação pode até ser feita com produtos naturais, como mel e açúcar. Em seguida podem ser aplicadas máscaras – como a de argila, que é de fácil obtenção. E, por fim, a proteção solar”, explica o médico.
Cuidados pós-procedimento
O procedimento pode ser realizado no corpo todo, se houver indicação, mas a face e o tronco são as áreas mais comuns.
Após o procedimento, recomendam-se algumas precauções com a pele já que a mesma pode ficar sensível ou levemente irritada. O uso do protetor solar é um dos principais cuidados recomendados para evitar manchas nas áreas mais sensíveis.
Aconselha-se ainda o uso de produtos regeneradores da pele. “Vão aparecer casquinhas e ‘pelinhas’ que não devem ser removidas ativamente. É importante esperar que caiam sozinhas”, explica o dermatologista Tiago Silveira.
Imagem: Nikodash/iStock
Por: Thainá Correa.
Conteúdo Revista SELEÇÕES.
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Por que os melhores líderes não escondem suas vulnerabilidades.
Para ser um líder de sucesso, não basta ser confiável e tomar boas decisões analíticas.
Resumo:
1.   O verdadeiro bom líder é aquele capaz de criar conexões emocionais e cuidar do seu time;
Vulnerabilidade é a base para a construção dos relacionamentos humanos;
2.   Segundo o Fórum Econômico Mundial, líderes altamente conceituados como Warren Buffett, Tim Cook e Jamie Dimon, não têm vergonha de demonstrar seus pontos fracos e falhas.
Liderança verdadeira e eficaz não é aquela estereotipada de socos e punhos cerrados que vemos frequentemente nas telas de cinema.
A verdadeira liderança é sobre construir uma conexão emocional com as pessoas e realmente cuidar delas.
Quando as coisas estão indo bem é fácil liderar. O papel é muito mais exigente quando os tempos são difíceis.
E é nesse momento que os líderes recorrem aos laços pessoais construído com seus funcionários para arantir cooperação, perseverança e lealdade.
Essa conexão entre o gestor e sua equipe é indispensável porque, além de motivar, cria vínculos.
Nas forças armadas, os melhores líderes não têm medo de demonstrar amor e devoção por suas tropas.
Em uma entrevista recente, Justin Maciejewski, diretor do Museu Nacional do Exército Britânico e comandante aposentado do exército britânico, compartilha o tipo de conexão emocional que ele desenvolveu com seus soldados.
“Eu percebi que mostrar vulnerabilidade e presença como líder é uma maneira importante de engajamento.
O ponto não sobre ir a uma missão com um líder porque está preocupado com ele, mas para mostrar que está ao lado dele.”
Observe como Maciejewski intrinsecamente entendeu que ele precisava estar perto, emocionalmente e fisicamente, das suas tropas para liderá-las.
Como os líderes criam essa conexão especial e pessoal que permite que as pessoas os sigam por toda a parte?
A resposta é vulnerabilidade. Eles se permitem ser emocionalmente vulneráveis porque isso é a base para a construção de relacionamentos fortes.
Em 2010, o TED Talk de Brene Brown, intitulado “O poder da vulnerabilidade”, tomou o mundo como um tsunami.
Como a maioria das pesquisas que se tornam virais, Brene colocou em foco um ponto muito básico sobre ser humano: nossa necessidade de ligações emocionais.
Ela argumentou que “a conexão é o motivo de estarmos aqui. É o que dá propósito e significado às nossas vidas. É disso que se trata”.
Sermos animais sociais, conectarmo-nos emocionalmente com outras pessoas faz parte de ser humano.
É essencial para a experiência humana. Ao longo de nossas vidas, nossos relacionamentos mais significativos são baseados em conexões emocionais profundas.
Essas relações começam com familiares, mas à medida que envelhecemos, crescemos para incluir amigos, professores, colegas, mentores e, também, nossos chefes e líderes.
Brene sugeriu que usássemos o poder da vulnerabilidade para aprofundar nossos relacionamentos.
Para ser vulnerável, porém, é preciso compartilhar emoções -as boas e as ruins.
Você não pode mais manter distância ou projetar uma imagem de perfeição.
No discurso de despedida do general Douglas MacArthur, em 1962, ele aconselhou os soldados dos EUA a serem “fortes o suficiente para saber quando você é fraco e corajoso o suficiente para se enfrentar quando estiver com medo”.
Este é um excelente conselho de liderança.
Liderar exige que você admita honestamente erros e reconheça suas fraquezas, para si mesmo e também para os outros.
É preciso deixar que os outros vejam suas imperfeições.
Os líderes usam o senso de propósito e significado que obtemos de profundas conexões emocionais para motivar sua equipe, especialmente em situações desafiadoras.
Muitos artigos foram escritos sobre vulnerabilidade na liderança, mas os CEOs ainda acham esse um ponto difícil de acessar.
Até o Fórum Econômico Mundial (WEF), uma organização que inspira os líderes do mundo, acredita que a vulnerabilidade é essencial.
O WEF mostra como até líderes altamente conceituados, como o chefe da Berkshire Hathaway, Warren Buffett, o executivo-chefe da Apple, Tim Cook, e o presidente e o CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, não têm vergonha de suas vulnerabilidades.
Mas isso não é fácil para todos.
Quando você está em uma posição de liderança, pode parecer contra-intuitivo exibir suas fraquezas por medo de se expor a críticas ou insubordinação.
No entanto, existem ações simples que todo líder pode fazer para criar a dinâmica certa para ativar a vulnerabilidade de forma positiva.
Para ser um líder de sucesso, não basta ser confiável e tomar boas decisões analíticas, você também precisa ser bom em estabelecer uma conexão emocional com as pessoas.
Isso requer ser mais vulnerável, o que pode ser assustador. Comece com pequenos passos e pergunte a si mesmo diariamente: “Que imperfeição ou fraqueza estou disposto a compartilhar hoje?” Mais cedo do que você pensa, verá como isso afeta as pessoas ao seu redor e as aproxima de você.
E essa é a base para uma liderança eficaz.
Veja, na galeria de imagens a seguir, três dicas para trabalhar a vulnerabilidade enquanto líder de forma positiva:
1. Reconhecendo emoções
Liderança eficaz exige uma interação emocional com as pessoas. As emoções podem ser uma excelente alavanca quando usadas de maneira assertiva.
Reconhecer emoções em si mesmo e nos outros e, depois, usá-las, pode aumentar sua autenticidade e capacidade de acessar o outro.
Primeiro, é preciso que você mostre uma gama completa de emoções, transpareça sua raiva, tristeza, alegria ou felicidade, na situação certa.
Segundo, é necessário focar nas pessoas com as quais está interagindo para perceber como elas se sentem e, em seguida, responder adequadamente.
2. Voltando-se para o conflito
Expressar suas emoções e responder às emoções dos outros inevitavelmente levará a um confronto ocasional.
No entanto, ao se voltar para o conflito, você estará ensinando à sua equipe que não precisa temer o confronto e que o conflito não destrói os relacionamentos.
Pelo contrário, pode torná-los mais fortes.
3. Demonstrando honestidade
A confiança se baseia na honestidade.
      Compartilhar falhas e fraquezas é difícil de fazer. É tentador dar uma guinada em um fracasso chamando de “oportunidade” ou nos convencer de que uma fraqueza é realmente uma força.
As pessoas podem ver através dessas manipulações. O truque é manter uma perspectiva positiva e ao mesmo tempo ser honesto, consigo e com os outros.
Comece compartilhando honestamente suas imperfeições.
Inbal Arieli e Start-Up Nation Central
Conteúdo Revista FORBES.
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Por que a carne continuará mais cara em 2020 (e pode piorar).
© REUTERS/Amanda Perobelli Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), em menos de três meses o custo do contrafilé subiu 50% para os supermercados; o do coxão mole, 46%. Por isso, foram repassados aos consumidores.
Depois de encarecer o fim de ano dos brasileiros, o aumento do preço da carne observado nos últimos meses promete se estender também por 2020 — pelo menos nos primeiros meses do ano, na visão de especialistas em comércio exterior e inflação ouvidos pela BBC News Brasil.
Isso porque os graves problemas que atingiram a monumental produção de porcos na China, que tem comprado mais carne do Brasil e desabastecido o mercado brasileiro, ainda estão longe do fim.
E, em tempos de dólar alto, vender para o exterior é bem mais atrativo que as vendas nacionais.
Em outubro, as vendas de carne bovina para os asiáticos subiram 62% sobre setembro, em um total de mais de 65 mil toneladas.
Nesse embalo, o preço do boi gordo no Brasil bateu recordes em novembro, segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP.
A razão para o aumento envolve, além do fator China, um momento de oferta restrita de bois no Brasil, um tradicional aumento da procura doméstica por carnes no fim do ano e o dólar cotado acima dos R$ 4, que aumenta ainda mais o ganho dos exportadores na hora de converter o dinheiro das vendas para real.
Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), em menos de três meses o custo do contrafilé subiu 50% para os supermercados; o do coxão mole, 46%.
Por isso, o aumento foi repassado aos consumidores.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse, no fim de novembro, que os preços mais altos vieram para ficar.
"Neste momento, o mercado está sinalizando que os preços da carne bovina, que estavam deprimidos, mudaram de patamar", afirmou, em nota publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Questionada se continua a consumir carne vermelha, respondeu em tom de brincadeira: "Estou comendo frango. Agora, é só frango".

Até 200 milhões de porcos na China podem estar sendo abatidos ou mortos por infecção, estimou o banco holandês Rabobank.
O início da peste
Tudo começou em setembro de 2018, quando a China anunciou que o vírus da peste suína africana havia sido detectado em sua produção de suínos para subsistência.
O alerta era grave:
A doença, altamente contagiosa e que causa hemorragia nos animais, é de notificação obrigatória aos órgãos oficiais nacionais e internacionais de controle de saúde animal, com potencial para rápida disseminação e significativas consequências socioeconômicas, segundo informações da Embrapa Suínos e Aves.
Em abril de 2019, veio a confirmação de que se tratava de um problema gigantesco: até 200 milhões de porcos poderiam ser abatidos ou mortos por infecção, estimou o banco holandês Rabobank.
"Teoricamente este número de suínos sacrificados ainda não foi atingido. Mas não existem dados oficiais", explica o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro.
De outubro para novembro, o preço internacional da tonelada da carne bovina aumentou de US$ 4,47 mil para US$ 4,86 mil, bem mais caro do que era em novembro de 2018, a US$ 3,9 mil.
Embora seja a proteína mais consumida na China, nenhum produtor mundial teria capacidade para alimentar os mais de 1 bilhão de habitantes do país com carne suína, e por isso a saída foi migrar as compras para carne de boi.
Nesse ramo, os maiores produtores são Estados Unidos, Brasil e Austrália.
Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, o volume de carne exportado pelo Brasil se mantém acima das 100 mil toneladas desde julho de 2018, influenciado especialmente pela demanda chinesa.
Em novembro, a China até autorizou 13 novos frigoríficos brasileiros a exportar para o país para reforçar a produção.
Segundo o Cepea, da Esalq/USP, o volume de carne exportado pelo Brasil se mantém acima das 100 mil toneladas desde julho de 2018, influenciado especialmente pela demanda chinesa
Os preços atuais das prateleiras, explica Castro, refletem as cotações antigas da carne no mercado internacional, o que sinaliza que podem subir.
"A expectativa é que em dezembro [os preços internacionais da tonelada] subam mais", diz, acrescentando que é por isso que ele prevê que, nos próximos meses, os preços ao consumidor estarão ainda mais altos.
"O preço que está hoje ainda não espelha o mercado internacional, porque o exportador vende com antecedência. Quem vendeu no passado vendeu com os preços antigos. Quem está vendendo agora, sim, está usando os preços internacionais novos", diz.
O aumento das vendas para o exterior, além disso, pegou o mercado despreparado: de acordo com dados do Cepea, a oferta de bois nos pastos brasileiros continuava restrita em novembro em todas as regiões do país.
"De modo geral, o crescente abate de fêmeas em anos recentes resultou em restrição de oferta de animais. Nesse sentido, a pecuária nacional vai ter que responder com aumento de produtividade".
Quando o problema da China vai passar?
Desde o início da crise, havia a suspeita entre a indústria de carne que a situação da produção suína chinesa era pior do que era divulgado pelas autoridades.
A declaração oficial mais recente é de outubro, quando um oficial do Ministério da Agricultura, Yang Zhenhai, disse que a expectativa é recuperar 80% da produção suína em 2020.
Segundo ele, a peste dizimou 40% dos porcos do país.
Afirmou também que houve pouco progresso no desenvolvimento de uma vacina para combate do vírus.
Castro, da AEB, ressalta que, tratando-se de bois ou porcos, aumentar a produção não é rápido como na indústria, em que se pode ligar ou desligar máquinas de acordo com a variação da demanda.
"Um boi para entrar em tempo de abate precisa de pelo menos 18 meses, não é como uma indústria, que a demanda cresce e você pode reagir mais rapidamente. Se não tem carne hoje, não vai ter amanhã", explica.
A Agência Pará De acordo com o Cepea, da Esalq/USP, a oferta de bois nos pastos brasileiros continuava restrita em novembro em todas as regiões do país.
A inflação vai voltar a subir?
Atualmente, a inflação no Brasil, em meio à economia fraca, está comportada em relação a anos anteriores: o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Getulio Vargas, por exemplo, acumula alta de 2,9% em 2019 e 3,51% nos últimos 12 meses.
No Índice de Preços ao Consumidor do Município de São Paulo, medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP (Fipe/USP), a carne bovina acumula alta de 1,76% em 2019 até outubro, menos que os 2,27% do mesmo período de 2018, marcado por pressões da greve dos caminhoneiros e variação cambial.
Em 2015, no mesmo período, a inflação da carne era de 10,74%.
Guilherme Moreira, coordenador do IPC da Fipe, diz que os preços da carne andavam contidos, e por isso não vê riscos de que a inflação "estoure" no ano que vem.
"Sozinha a carne não vai estourar a inflação, por mais que continue subindo ao longo do tempo. Todos os anos tem um choque desse tipo; batata, feijão", pondera.
André Braz, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor e analista de inflação da Fundação Getulio Vargas (FGV), prevê que a carne permaneça em patamares mais altos até pelo menos o primeiro trimestre do ano que vem, e vá perdendo fôlego ao longo do ano.
"Acredito que não vai terminar 2020 como a grande vilã da inflação".
As carnes (incluindo bovina, peixes, aves e suínos) representam um gasto de cerca de 3% da renda familiar do brasileiro.
O economista da FGV explica que as carnes (incluindo bovina, peixes, aves e suínos) representam um gasto de cerca de 3% da renda familiar do brasileiro.
"Fazendo uma comparação, pesa tanto quanto uma conta de luz. Pode pesar mais".
Ele explica que os preços contidos, citados pela ministra da Agricultura, se devem a razões conjunturais, como, por exemplo, a recessão econômica.
"Carne é um produto de primeira necessidade, mas é caro. Então as famílias diminuem o consumo em momentos em que está mais comprometido".
Além da demanda fraca, ele aponta fatores como chuvas e pastagens mais regulares, que ajudam a evitar alta de preços.
"O fato é que, por enquanto, a carne vai continuar mais cara. O que o consumidor pode fazer, para fugir um pouco, é comprar menos, não para que o preço volte o que era, mas para evitar novos aumentos que não são necessários".
Moreira, da Fipe, diz que vê no câmbio uma pressão mais importante para a inflação do que a carne.
"Ano passado teve greve dos caminhoneiros, o dólar subiu e a contaminação para a inflação foi praticamente nenhuma, muito localizada. Não vejo tantas preocupações com a inflação".
A consultoria LCA, que prevê inflação de 0,39% medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro, diz que no mês que vem a expectativa é de que o efeito da China sobre os preços da carne se estendam também para outras proteínas como as carnes suínas, ovos e peixes industrializados, que "serão os mais afetados direta e indiretamente pelos efeitos da febre suína que aplaca o país asiático" e podem ter algum aumento nos preços.
IMAGEM© REUTERS/Amanda Perobelli.
Portal MSN.
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O que há de comum nos protestos, ao redor do mundo.
Eles envolvem um leque muito amplo e diverso de assuntos, que têm a ver com a economia, a distribuição de renda, uma institucionalidade pública questionada e uma ampla percepção de exclusão social…
Um protesto em Santiago do Chile.ALBERTO VALDÉS (EFE)
Em não menos de 20 países, a principal notícia das últimas semanas são as manifestações sociais.
Há motivos variados, situações nacionais diferentes e uma diversidade de agendas nos protestos, mas a explosão globalizada que se vê é imparável. Em todos os continentes.
Numa edição recente, a revista The Economist enumera algumas das mais notáveis em andamento: Argélia, Bolívia, Cazaquistão, Catalunha, Chile, Equador, França, Guiné, Haiti, Honduras, Hong Kong, Iraque, Líbano, Paquistão e Reino Unido.
Mas a lista vai além. Inclui países como o Irã, com semanas de protestos sociais por causa do preço dos combustíveis, e outros que, como a Colômbia, explodiram recentemente.
As principais características comuns a esse processo globalizado podem a ajudar a entendê-lo e a imaginar suas projeções, possíveis resultados e riscos de saídas autoritárias ou populistas.
Deixo de lado as teorias da conspiração que pretendem explicar tudo; a mão invisível de Maduro ou de quem quer que seja, que não pode ser fundamentada com provas.
Isso não nega, obviamente, que em toda situação de convulsão haverá aqueles que desejam se aproveitar da situação de caos e desordem.

Considerando todas as particularidades e diferenças de fundo, três aspectos comuns se destacam. A partir deles, podemos vislumbrar o curso dos acontecimentos e as respostas necessárias.
Primeiro, a maioria dos que saíram às ruas é gente jovem e, em geral, razoavelmente informada, de classe média e com capacidade de dedicar tempo e energia ao protesto.
Pessoas abandonadas na pobreza extrema dificilmente poderiam ser o núcleo dessa onda de contestação sustentada.
Uma classe média em que as expectativas frustradas funcionam como um disparador que atrai outras gerações.
Segundo, reivindicações cuja essência não tem uma natureza qualificável como “economicista”.
O que há em comum tem mais a ver com expectativas frustradas e com as lacunas que separam as pessoas da institucionalidade pública, assim como a distribuição desigual de poder, não só de renda.
Há muito em comum, assim, entre os que exigem ser ouvidos no Chile e os coletes amarelos na França, marginalizados pela institucionalidade, passando pelos que lotam as praças toda semana na Argélia pedindo democracia.
Terceiro, as redes sociais, que dão aos protestos não só velocidade e impacto espetaculares — deixando inertes os sistemas de segurança e alerta precoce dos Estados — e favorecem um fenômeno maciço e contínuo sem que caudilhos(as) sejam imprescindíveis.
Isso ocorreu antes na Tunísia e no Egito e se observa agora no Chile, Hong Kong e em todas as partes.
Essa dinâmica envolve um leque muito amplo e diverso de assuntos, que têm a ver com a economia, a distribuição de renda, uma institucionalidade pública questionada e, em geral, uma ampla percepção de exclusão.
A saída não pode apontar, portanto, para soluções tecnocráticas ou unidimensionais, mas a passos maiores e inventivos. Que têm a ver, entre outras coisas fundamentais, com as modalidades de exercício do poder.
Nisso, a importante — mas insuficiente — eleição periódica dos que ocupam cargos públicos exige uma institucionalidade criativa e revigorada que dialogue, escute e se ajuste a uma sociedade que se retroalimenta de informação, impaciência e frustração, mas também de esperanças.
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7 dicas preciosas para prolongar a vida útil do seu carro.
Para o funcionamento eficaz do seu automóvel é preciso dirigir tomando certos cuidados.
Confira como aumentar a vida útil do carro e economizar!
Quem tem carro sabe o quanto contar com esse conforto pode pesar no bolso. Entre uma peça aqui e outra ali que precisam ser trocadas, o aumento do preço do combustível, os impostos e o seguro do carro…
Ainda bem que é possível prolongar a vida útil do carro e economizar dinheiro adotando pequenos cuidados no dia a dia.
Descubra na galeria a seguir 7 dicas para aumentar a vida útil do seu automóvel e reduzir as contas!
1 Dirija com delicadeza.
Tenha em mente que tanto o processo de acelerar quanto o de frear gastam combustível e outros componentes, como as pastilhas de freio, por exemplo.
Se você quiser economizar mais, procure não forçar seu carro constantemente.
2 Verifique a calibragem dos pneus.
A calibragem deve ser feita pelo menos uma vez ao mês, ou a cada 15 dias. O pneu deve estar “frio”, ou seja, ter rodado no máximo 3 quilômetros na hora da calibragem.
É importante prestar atenção ainda na pressão recomendada pelo fabricante do veículo.
3 Não encha demais o porta-malas.
Deixar muito peso na mala por muito tempo pode prejudicar a suspensão a longo prazo. Evite deixar por lá o que você não precisa.
Deixe apenas o triângulo e ferramentas estritamente necessárias, como o macaco hidráulico.
4 Diminua o número de percursos curtos.
Fazer caminhos curtos gasta mais combustível do que o necessário, e diminui a vida útil de alguns componentes do automóvel.
Tire o carro da garagem apenas quando realmente precisar, ou concentre todas as atividades que precisar fazer com ele em um mesmo dia.
Lembre-se que caminhar é uma excelente atividade para a sua saúde. E também para o bem do planeta.
5 Planeje o percurso.
Saber quais caminhos você deverá seguir pode economizar muito o combustível do seu carro e aumentar a vida útil de seus componentes.
Utilize aplicativos móveis que oferecem o melhor trajeto para o seu percurso e evite engarrafamentos ou até mesmo o perigo de ficar perdido por aí!
6 Use marchas e freios corretamente.
Muitas pessoas costumam diminuir a marcha bruscamente quando reduzem a velocidade. Não seja uma delas.
Diminua da forma correta, gradativamente, de acordo com a redução da velocidade.
Quando parar completamente, acione o freio e ponha a marcha em ponto morto.
7 Passe devagar pelos redutores de velocidade.
Não tente acelerar ou frear durante a passagem por um obstáculo, como uma lombada. Reduza a velocidade e ultrapasse com velocidade constante.
Imagem: /iStock.
Conteúdo Revista SELEÇÕES.
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