Overtraining: entenda por que pode não valer a pena pegar pesado no treino.

Passar um tempo sem treinar e retornar em uma forte intensidade pode causar um grande risco à saúde: o overtraining.

É muito comum na volta à rotina, após temporada de férias e festas, que as pessoas procurem as academias e retomem as atividades físicas de maneira mais intensa.

O objetivo costuma ser sempre o mesmo: tentar recuperar rapidamente o tempo que ficaram paradas. No entanto, a prática pode levar ao overtraining, que traz diversos riscos à saúde.

O que é o overtraining.

A esse excesso de treinamento em um curto período de tempo dá-se o nome de overtraining,  que ocorre quando há um desequilíbrio entre a carga de exercícios e o tempo de recuperação do corpo. 

"Basicamente, é quando você exige mais do seu corpo do que ele pode se recuperar, levando a uma série de problemas físicos e mentais", afirma o treinador físico do The Corner Sports & Health, Vinicius Neves.

Segundo ele, os riscos do overtraining são diversos e impactam tanto o desempenho atlético quanto a saúde geral. 

"Isso pode incluir fadiga persistente, diminuição do sistema imunológico, insônia, irritabilidade, além de aumentar o risco de lesões musculares e articulares.

A longo prazo, podendo levar a problemas mais sérios, como a síndrome de burnout, que afeta não apenas o físico, mas também o bem-estar psicológico", alerta o especialista.

Como evitar treinos em excesso.

A principal diferença entre treino forte e overtraining está no equilíbrio. Um treino forte envolve desafiar os limites de maneira controlada e estruturada, periodizada, permitindo um tempo adequado para recuperação. 

Já o overtraining é caracterizado pelo excesso, onde o corpo não tem a oportunidade de se recuperar de forma eficaz.

O treino forte é um aliado para o progresso, enquanto o overtraining pode ser um obstáculo prejudicial.

É importante lembrar sempre que o corpo precisa de tempo para se recuperar e adaptar aos estímulos do treino. "O segredo é focar na consistência ao invés do excesso", destaca o personal trainer.

Foto: Shutterstock / Saúde em Dia.

Por: Milena Vogado.

Conteúdo: Portal TERRA.

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LIMPANDO ARTÉRIAS E VEIAS

Há muito tempo a alimentação tem um papel fundamental na nossa saúde, tanto no sentido positivo como negativo.

Existem certos alimentos que, com o tempo, podem obstruir nossas artérias e causar problemas de circulação sanguínea  e doenças cardiovasculares, que podem levar até à morte.

Por outro lado, existem alimentos que permitem limpar as artérias e as veias e, se nós os incluirmos na nossa alimentação diária, podem nos ajudar a prevenir um grande número de doenças.

De acordo com alguns estudos, a arteriosclerose é uma das doenças que causam maior número de mortes cada ano no planeta.

Esta doença é um problema muito complexo que atinge domínios como o sistema imunitário, as infecções, as incompatibilidades, entre outros.

Mas além da arteriosclerose, desde que as artérias e as veias são obstruídas, a pressão alta e doenças do coração podem igualmente acontecer. 

ROMÃ

Está cientificamente provado que o suco da romã possui um teor em antioxidantes muito mais elevado que os outros sucos como as amoras, cranberries e laranja.

Graças a esta propriedade, o suco de romã se mostra muito eficaz  no tratamento dos problemas arteriais conhecidos com o nome de arteriosclerose, de acordo com um estudo recente realizado em ratos.

ALHO.

Este é o alimento número um se você quiser limpar suas artérias e que possui igualmente propriedades antioxidantes muito possantes que têm a capacidade de combater os radicais livres do nosso corpo.

Além do mais, ele nos ajuda a diminuir os níveis do colesterol ruim e a aumentar os níveis do bom colesterol. Estes benefícios melhoram o fluxo sanguíneo e ajudam a combater a pressão alta. 

AZEITE DE OLIVA.

O azeite extra virgem tem muitas propriedades boas para nossa saúde, principalmente para prevenir as doenças do coração.

Este alimento é uma gordura monoinsaturada, que tem um mínimo de possibilidades de se oxidar, o que evita que o colesterol oxidado se cole nas paredes das artérias e das veias.

AVEIA.

Este alimento é principalmente recomendado para começar o dia, pois ele estimula sua digestão e lhe dá energia para todo o dia.

Entre os benefícios do consumo da aveia, distinguimos a capacidade de reduzir o colesterol que se fixa nas paredes das artérias, evitando assim o desenvolvimento da arteriosclerose e problemas do coração. 

CÚRCUMA.

O princípio ativo da cúrcuma se chama curcumina e se revela um excelente protetor cardíaco.

Os estudos demonstraram que, graças a isto, a cúrcuma pode evitar problemas causados em nossa saúde pela obstrução das artérias.

ESPINAFRE.

Este legume verde é extremamente rico em vitamina A e C que, de acordo com certos estudos, podem prevenir a oxidação do colesterol e o aparecimento de doenças como a arteriosclerose.

FRUTAS SECAS.

As frutas secas são excelentes aliados para evitar a obstrução das artérias e estimular os ácidos graxos ômega 3, que são duas chaves para nossa saúde arterial.

Entre as frutas secas recomendadas citamos as avelãs, as amêndoas, as nozes de pecan e os amendoins.

MAÇÃS.

As maçãs possuem uma substância chamada pectina cuja principal ação é de fundir o colesterol para facilitar sua expulsão.

Este efeito é demonstrado por Liz Applegate, membro da faculdade e diretora de nutrição do esporte na Universidade da Califórnia em Davis.

Além do mais, as maçãs contêm flavonoides que permitem reduzir até 50% o risco de ter algum problema cardíaco.

TOMATES.

Os tomates são uma fonte significativa de licopeno, um antioxidante que evita que os colesterois ruins se fixem nas paredes das artérias.

De acordo com certos estudos, o consumo quotidiano de tomates reduz significativamente o risco de formação de placas nas artérias.

PEIXES EM GERAL

     O peixe gorduroso é uma fonte rica de ácidos graxos ômega 3, que são as "gorduras boas" das quais o nosso organismo precisa para funcionar em boas condições e para desentupir as artérias.

     Entre os diferentes peixes, os mais recomendados são o salmão, a cavalinha, o atum, a truta, o harenque e as sardinhas.

Conteúdo: Receitas sem Fronteiras.

Imagens:Thinkstock.

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10 alimentos essenciais para o ganho de massa muscular.

Desvende os segredos nutricionais para ganho muscular! Conheça os 10 alimentos essenciais que transformarão sua jornada fitness e alcance seus objetivos de forma deliciosa.

Em busca de alcançar o tão desejado ganho de massa muscular? A resposta pode estar mais próxima do que você imagina, na própria culinária brasileira e em alimentos acessíveis e deliciosos.

Desde os clássicos da culinária brasileira até superalimentos globais, descubra como cada escolha alimentar pode ser um passo significativo em direção à conquista de seus objetivos fitness, tornando sua trajetória não apenas eficaz, mas também deliciosa.

Alimentos que ajudam a ganhar massa muscular

Conheça os 10 alimentos fundamentais que não apenas impulsionarão seus treinos, mas também tornarão sua jornada de fortalecimento muscular uma experiência prazerosa e recompensadora.

1. Arroz e feijão.

     Nutrólogos reconhecem essa dupla como uma das melhores para impulsionar o ganho de massa muscular. Rica em aminoácidos como metionina e lisina, essa combinação auxilia na síntese de proteínas, promovendo a melhoria do tecido muscular.

Além disso, a estabilidade nos níveis de glicose proporcionada por esse prato reduz o risco de diabetes e contribui para a prevenção de cáries.

2. Aveia.

Com baixo índice glicêmico, a aveia libera energia de forma gradual, tornando-se uma escolha excelente para atletas e praticantes de atividades físicas. Rica em fibras, proteínas e minerais, a aveia é um suporte nutricional essencial.

3. Bananas.

As bananas são verdadeiras aliadas para os músculos, evitando câimbras, proporcionando energia e reduzindo o cansaço muscular. Um lanche perfeito durante intervalos esportivos, as bananas são amplamente adotadas por atletas em competições de alto nível.

4. Batata-doce.



Com baixo teor glicêmico, assim como feijão e aveia, a batata-doce fornece energia gradualmente, sendo uma opção excelente para praticantes de esportes e exercícios físicos.

5. Beterraba.

Favorecendo a dilatação dos vasos, a beterraba facilita a oxigenação e a absorção de nutrientes pelos músculos, contribuindo para o desenvolvimento muscular eficaz.

6. Frango.

Rico em proteínas, essenciais para a recuperação muscular, o frango não é apenas delicioso, mas também uma escolha saudável com baixo teor de gordura, sendo um componente valioso em dietas equilibradas.

7. Melancia.

     Rica em citrulina, um aminoácido fundamental para a cicatrização e recuperação da fadiga muscular, a melancia é uma excelente fonte de vitaminas e sais minerais, sendo uma aliada para quem busca ganhar massa muscular. Além disso, a fruta ajuda a hidratar o corpo.

8. Ovos.

Considerado um alimento completo, o ovo oferece benefícios que vão desde fortalecer o sistema imunológico até auxiliar na aquisição de massa magra.

Com diversas vantagens, é um alimento essencial em dietas voltadas para o ganho de massa muscular.

7. Queijo Cottage,

Rico em proteínas e cálcio, o queijo cottage é um aliado para a saúde muscular e óssea. Com baixo teor de gordura, também se destaca como uma opção para quem busca manter uma alimentação equilibrada durante processos de emagrecimento.

8. Soja e derivados.

A soja, repleta de fibras, proteínas, cálcio e outros nutrientes, é uma excelente escolha para promover o desenvolvimento muscular. Além disso, contribui para o equilíbrio hormonal e a redução de gorduras no organismo.

Agora que você já conhece alguns alimentos que podem ajudá-lo a conquistar mais massa muscular, procure incluí-los em sua dieta para maximizar seus esforços em direção ao ganho de massa muscular de forma saudável e eficaz.

Por: Douglas Ferreira.

Conteúdo: Revista SELEÇÕES.

LINK:

https://blog.vidabalanceada.com.br/alimentos-essenciais-para-o-ganho-de-massa-muscular/?utm_source=selecoes

Você deve estar vendo o Dia Internacional das Mulheres sendo mencionado na imprensa ou ouvindo comentários sobre o assunto.

Por mais de um século, o dia 8 de março é identificado ao redor mundo como uma data especial para as mulheres.

A seguir, explicamos para você por quê.

1. Como começou?         

Clara Zetkin sugeriu a criação do Dia Internacional das Mulheres em 1910.

O Dia Internacional das Mulheres teve origem no movimento operário e se tornou um evento anual reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Suas sementes foram plantadas em 1908, quando 15 mil mulheres marcharam pela cidade de Nova York exigindo a redução das jornadas de trabalho, salários melhores e direito ao voto.

Um ano depois, o Partido Socialista da América declarou o primeiro Dia Nacional das Mulheres.

A proposta de tornar a data internacional veio de uma mulher chamada Clara Zetkin, ativista comunista e defensora dos direitos das mulheres.

Ela deu a ideia em 1910 durante uma Conferência Internacional de Mulheres Socialistas em Copenhague. Havia 100 mulheres, de 17 países, presentes, e elas concordaram com a sugestão dela por unanimidade.

A data foi celebrada pela primeira vez em 1911, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça. E seu centenário foi comemorado em 2011 — então, neste ano, estamos tecnicamente comemorando o 111º Dia Internacional das Mulheres.

Mas o Dia Internacional das Mulheres só foi oficializado em 1975, quando a ONU começou a comemorar a data.

E se tornou uma ocasião para celebrar os avanços das mulheres na sociedade, na política e na economia, enquanto suas raízes políticas significam que greves e protestos são organizados para aumentar a conscientização em relação à contínua desigualdade de gênero.

2. Por que 8 de março?

A proposta de Clara de criar um Dia Internacional das Mulheres não tinha uma data fixa.

A data só foi formalizada após uma greve em meio à guerra em 1917, quando as mulheres russas exigiram "pão e paz" — e quatro dias após a greve o czar foi forçado a abdicar, e o governo provisório concedeu às mulheres o direito ao voto.

A greve das mulheres começou em 23 de fevereiro, pelo calendário juliano, utilizado na Rússia na época.

Este dia corresponde a 8 de março no calendário gregoriano — e é quando é comemorado hoje.

3. Por que as pessoas usam a cor roxa?

A cor roxa é frequentemente associada à data, pois significa 'justiça e dignidade'

Roxo, verde e branco são as cores do Dia Internacional das Mulheres, de acordo com o site oficial.

"Roxo significa justiça e dignidade. Verde simboliza esperança. Branco representa pureza, embora seja um conceito controverso.

As cores se originaram da União Social e Política das Mulheres (WSPU, na sigla em inglês) no Reino Unido em 1908", afirmam.

Imagens: CRÉDITO,CORBIS / HULTON DEUTSCH. CRÉDITO,GETTY IMAGES.

Conteúdo BBC NEWS.

LINK:

https://www.bbc.com/portuguese/internacional-60646605

 

              BRASÍLIA (Reuters) - Ao assumir a presidência do G20 este ano, o Brasil trouxe para a presidência do bloco a determinação de colocar a voz do chamado Sul Global na mesa com as maiores economias do mundo e moldar as decisões para incluir anseios desses países, em um movimento que tem causado desconforto entre as nações mais ricas.

Dos sete países convidados pelo Brasil para fazer parte das negociações do bloco este ano, quatro fazem parte do chamado Sul Global: Angola, Egito, Nigéria e Emirados Árabes Unidos.

Entraram ainda como convidados Bolívia, Uruguai e Paraguai, os países do Mercosul que não fazem parte do G20.

No ano passado, por pressão brasileira, a União Africana foi admitida como membro pleno do G20, um espaço antes reservado apenas para a União Europeia.

Até então, o continente africano, que tem um Produto Interno Bruto (PIB ) conjunto de 3 trilhões de dólares, tinha apenas a África do Sul como representante.

A inclusão a União Africana como membro pleno tem um impacto decisivo em um dos principais objetivos do Brasil para sua presidência do G20, a reforma das instituições de governança global, inclusive as financeiras, como Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI), uma vez que o G20 influencia diretamente as decisões desses organismos.

Este ano será o primeiro em que a União Africana participará como membro pleno do G20. Com sua inclusão, aponta uma fonte brasileira, os países do Sul Global passaram a ter cerca de 80% dos boards do FMI e do Banco Mundial, um peso significativo para pressionar por mudanças na forma de liberação e aplicação de recursos e para decidir o comando das instituições, normalmente controladas por europeus e norte-americanos.

"Não faz sentido uma presidência brasileira que não coloque as questões dos países do Sul Global no centro", disse uma outra fonte brasileira que acompanha as negociações do G20.

O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva já deixou claro que seu objetivo à frente do G20 é tratar dos assuntos que mais atrapalham o desenvolvimento desses países. Daí os temas escolhidos pela presidência brasileira como prioridades: reforma da governança global, combate à fome e à pobreza e combate às mudanças climáticas.

"Há quem questione o conceito de Sul Global, dizendo que somos diversos demais para caber nele. Mas existem muito mais interesses que nos unem do que diferenças que nos separam", defendeu Lula ao discursar em novembro do ano passado na cúpula virtual Vozes do Sul Global.

A preponderância de uma voz unificada do Sul Global se reflete, por exemplo, na discussão na trilha financeira do G20 sobre a dívida dos países africanos.

Há uma pressão a favor de uma proposta brasileira de trocar a dívida por investimentos em combate à pobreza.

Uma outra fonte a par das negociações contou à Reuters que o ministro da Fazenda e coordenador da trilha financeira, Fernando Haddad, irá se encontrar com os autoridades de todos os países africanos presentes no G20, mostrando a ênfase que o Brasil está dando a essas questões.

Como Haddad foi diagnosticado com Covid nesta segunda-feira, pode ser que os encontros ocorram de forma remota.

No entanto, do lado econômico há um cuidado em afirmar que o Brasil está empenhado em engajar Norte e Sul em um diálogo construtivo. "A interpretação de que há um desejo de enfatizar a liderança do Sul Global é mais da trilha de sherpas (política) do que da financeira", disse uma fonte brasileira do lado econômico das negociações.

De fato existe uma decisão política, dizem os diplomatas brasileiros, de tentar que o G20, onde existe uma igualdade maior de espaço para os dois lados, enfrente problemas que afetem a todos, especialmente em um momento complicado do cenário global.

"Existe uma cota desproporcional de poder para os países desenvolvidos nas organizações internacionais. O G20 é onde existe igualdade de condições, e para pôr assuntos na agenda é preciso uma coalizão de interesses", disse uma das fontes, essa ligada às negociações diplomáticas.

"Mas é preciso ter prudência para não alienar parceiros tradicionais, que tem poder para agir, não criar muxoxos e gerar resistências."

Por isso, o trabalho dos negociadores brasileiros tem sido de equilíbrio em uma linha fina entre os dois lados para conseguir avançar nas agendas e não criar mais bloqueios do que avanços.

DESCONFORTO

A preponderância da voz sulista nas discussões já tem criado algum desconforto no clube dos países mais ricos. Sob condição de anonimato, um negociador de um dos países do G7 reconheceu que as negociações da trilha financeira serão difíceis para as economias avançadas.

"O comunicado será o primeiro em que as economias do Sul Global terão a liderança no seu desenho. E trata de transferir mais dinheiro dos países avançados para as economias emergentes", afirmou essa fonte.

"O G20 esta se tornando o principal campo de batalha entre as economias avançadas e as economias do 'Sul Global', que querem assumir a liderança do G20, particularmente com os Estados Unidos preocupados com as eleições americanas e as economias europeias fracas", acrescentou.

Na verdade, a presidência brasileira é a terceira seguida nas mãos de países emergentes, depois de Indonésia, em 2022, e Índia, em 2023, e será seguida pela África do Sul, no ano que vem.

Diplomatas brasileiros reconhecem que essa sequência mudou o foco do bloco e abriu caminho para o Brasil avançar em questões objetivas da agenda dos emergentes e em desenvolvimento.

"Construímos em cima de uma base que foi montada, vendo o que teve de erros e acertos", disse uma das fontes brasileiras.

Josep Borrell, chefe da diplomacia da União Europeia, reconheceu que o Brasil conseguiu colocar os interesses e as preocupações do chamado Sul Global no centro das discussões, mas afirmou que os países avançados terão que lidar com isso.

"O Brasil conseguiu colocar a tônica nos interesses e preocupações do chamado Sul global. Não é mais um diálogo das grandes potências. Para nós, europeus, isso é bom. Nós temos que nos aproximar mais dos outros para evitar que o mundo seja divide em 'o resto contra o ocidente'", defendeu em entrevista na semana passada ao participar de encontro dos chanceleres do G20 no Rio de Janeiro.

"Ter a União Africana sentada a mesa é muito importante. Daqui a 20 anos uma em quatro pessoas no mundo será africana. Tirar os africanos dos fóruns mais importantes é uma ideia louca, porque nós (europeus) somos 5% da população mundial e estamos fortemente representados."

Criado para definir os países do hemisfério sul, o conceito de Sul Global surgiu para designar países normalmente em desenvolvimento ou emergentes em substituição ao termo "terceiro mundo". Apesar das diferenças culturais, de desenvolvimento e até tipos de governo, o conceito consegue amalgamar diferentes necessidades que, muitas vezes, estão em oposição direta àquelas das nações mais ricas.

(Reportagem de Lisandra Paraguassu e Marcela Ayres em Brasília e Leika Kihara, em Tóquio).

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto 26/02/2024.

REUTERS

Adriano Machado© Thomson Reuters

Conteúdo UOL.

Como o Brasil está moldando o G20 para dar voz ao Sul Global… - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2024/02/27/como-o-brasil-esta-moldando-o-g20-para-dar-voz-ao-sul-global.htm?cmpid=copiaecola